BANDIDOS VESTEM ROUPAS DE POLICIAIS EM ASSALTO A ÔNIBUS NA REGIÃO DOS LAGOS.
Ação da Secretaria Municipal de Conservação e da Secretaria Municipal de Ordem Pública tem o objetivo de desocupar áreas públicas que foram invadidas
Sete construções irregulares foram demolidas ontem na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. A operação, feita pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva) e pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), teve o objetivo de desocupar áreas públicas que foram invadidas.
Foram retiradas duas construções de prédios comerciais, um abrigo de animais irregular e uma casa de dois andares. Todas as edificações foram feitas em um terreno em que será construída uma praça pública. Além disso, a equipe demoliu muros que dividiam loteamentos irregulares e retirou duas instalações clandestinas de energia.
“A subprefeitura de Jacarepaguá não vai deixar que caia na normalidade o loteamento de área pública, venda de espaço público e ocupação irregular de praças. Hoje (ontem), a gente vai fazer uma operação junto com a conservação para tirar esse início de loteamento em uma área muito grande, com mais de dois mil metros quadrados e mais cinco edificações construídas em cima de uma praça”, afirmou a subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo.
MORADORA PROTESTA
A dona de casa Sônia Regina Araújo, 57 anos, teve a casa demolida na operação da Prefeitura do Rio. Ela conta que comprou o terreno para a construção da residência, que começou em outubro de 2020. “Ninguém chegou aqui para embarreirar a minha obra. Se não, eu não tinha feito. Deixaram eu construir. Eu tenho papel de venda, tenho todos os comprovantes, de tudo, cada centavo”, contou.
O comerciante Ademir Júnior, 39 anos, criticou a demolição do galpão que guarda materiais de trabalho da loja dele: “Nós estamos aqui tentando ganhar nossa vida, sobreviver no meio dessa pandemia. Há uma crise muito forte em cima da gente. Nós, comerciantes, enfrentamos muita coisa e pagamos nossos impostos, que não são poucos”.
A operação teve a participação de cerca de 50 servidores e contou com o apoio da Coordenadoria Geral de Operações Especiais — CGOE, da Guarda Municipal, da Polícia Militar, da Comlurb, da RioLuz e da Controladoria de Controle Urbano (CCU). Para o trabalho, a equipe usou uma retroescavadeira, três caminhões e oito viaturas.