Protesto antirracista no Centro
Manifestantes pedem justiça para os mortos em operação policial na comunidade semana passada.
ASecretaria Estadual de Polícia Civil (Sepol) rechaçou a opinião apresentada pelo defensor geral Rodrigo Pacheco, que sugeriu que sempre que houvesse a morte de um policial, como aconteceu no Jacarezinho, a operação deveria ser interrompida imediatamente. Segundo a pasta, o encerramento da operação por morte de um agente representaria a vitória do crime organizado.
Ao falar sobre a operação na comunidade do Jacarezinho, que deixou 28 mortos e foi considerada a mais letal da história no estado, em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (12), Rodrigo Pacheco disse que quando um policial morre durante uma operação, a ação pode ser comprometida.
“É recomendável que, quando no início de operação morre um policial, se suspenda sob pena de haver comoção muito grande da tropa e dos policiais e obviamente a operação fugir ao controle. Por outro lado, o controle externo da atividade policial é do MP”.
“Assim, os traficantes vão resistir à entrada da polícia até que um policial morra e a operação seja encerrada. O defensor estimula a reação violenta do criminoso para que a operação termine”, afirmou uma fonte de O DIA que preferiu não se identificar.
A assessoria da Defensoria foi quetionada mas o órgão não quis se manifestar.
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O governador Cláudio Castro comentou ontem ações que pretende implementar contra a violência urbana e em comunidades no Rio. Em evento com o TJRJ, sem dar muitos detalhes, garantiu que o novo projeto não será parecido com o das UPPs. “O estado já vem fazendo muita coisa. Por causa da crise fiscal, muita coisa parou, projetos foram encerrados, mas vamos restabelecer. Esse projeto, já venho falando desde o ano passado, mas a previsão é que no segundo semestre a gente tenha alguma coisa. Vai ser diferente das UPPs”, afirmou.
Ontem, o governador e o presidente do tribunal, Henrique Carlos de Andrade Figueira, assinaram o termo de cessão do terreno que vai abrigar o Núcleo de Atendimento Integrado (NAI). O espaço, na área da Leopoldina, é da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) e vai reunir, de forma unificada, o atendimento ao adolescente que cometer infração.