Bolsonaro defende remédio sem eficácia
Ao deixar hospital, presidente defende medicamento sem eficácia comprovada
Ao receber alta de hospital onde estava internado para tratar uma obstrução intestinal, presidente critica “a baixa efetividade da CoronaVac” e exalta uso da proxalutamida para combater a covid.
Opresidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu alta na manhã de ontem e deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, pouco antes das 10h. O chefe do Executivo estava internado desde a última quarta-feira devido a uma obstrução intestinal.
Ao deixar o hospital, o presidente voltou a falar da “baixa efetividade da Coronavac”, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Ele defendeu o uso de medicamentos de eficácia ainda não comprovada para tentar combater a covid-19, como a proxalutamida, medicamento geralmente usado no tratamento de cânceres, como o de próstata.
Bolsonaro disse que vai chamar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar dessa questão. Para o presidente, é preciso testar alternativas livremente. Ele ressaltou que as vacinas foram aprovadas em caráter emergencial.
Ao citar, na sua avaliação, a baixa efetividade da Coronavac, Bolsonaro voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria, um dos maiores defensores desse imunizante. “O Doria, mesmo vacinado, pegou de novo o coronavírus”.