O Dia

GIRATÓRIA Paulo Vieira

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estreia no comando de ‘Rolling Kitchen Brasil’, em que recebe famosos para uma competição culinária, no GNT. “A maioria dos pratos foi um desastre”, brinca

ti preso nessa figura da autoridade, do cara intocável ali, do cara das regras. Zero isso. Eu ia para me divertir e para brincar. Ia para receber eles como se fosse na minha casa”, conta.

NOVA DINÂMICA

Com a pressão de executar um bom prato e com um relógio correndo, é claro que as celebridad­es passaram por grandes perrengues ao longo da temporada. Mas, se dependesse de Paulo Vieira, os danos iam ser ainda maiores. “O GNT é muito do bem. Eles são muito elegantes, não querem expor os artistas. Eu falava para botarem escargot para eles fazerem, bicho vivo para ver se eles iam ter

coragem de matar e serem cancelados na internet. Mas o GNT falava que não. E o mais legal foi ver que os famosos não conseguem nada. Nem os fáceis, nem os difíceis. O GNT estava certíssimo. A grande maioria dos pratos foi um desastre”, brinca o apresentad­or, que se diverte mesmo é com o ‘climão’ entre os casais.

Paulo até deixa escapar que ajudava a aumentar a tensão e colocava um pouco de lenha na fogueira na hora dos atritos. “Eu criava um mini ‘Casos de Família’, que eu amo. Acho, inclusive, que foi para isso que nasci, que vim ao mundo: para substituir Cristina Rocha um dia. Então eu criava um clima de fofoca”, se diverte.

Amigo pessoal e ex-colega de trabalho de Fábio Porchat, Paulo recebe o humorista já no primeiro episódio do programa. Sem perder o bom humor, ele revela o simbolismo da participaç­ão de Fábio no ‘Rolling Kitchen’. “Esse encontro meu com ele no palco foi bonitinho e muito emocionant­e até. É, de alguma maneira, um ciclo sendo fechado. Eu lembrei de quando acabou o programa dele, aquele último programa, eu chorando e não querendo que o programa acabasse. E agora tem esse primeiro episódio, que sou eu recebendo ele num programa meu. Então não tem como não ser um momento emocionant­e, principalm­ente porque o Fábio é um cara que tá muito ligado na minha vida, um cara que eu amo muito, e a gente torce muito um pelo outro”, elogia Paulo, que não deixa de alfinetar a falta de talento do amigo na cozinha. “Eu não sabia que ele era, não sei nem como chamar, mas tão incapaz. Ele é incapaz. Ele não consegue misturar ingredient­es, ele não consegue manusear uma faca”, adianta.

REPRESENTA­TIVIDADE

Sempre atento às pautas de igualdade racial, Paulo Vieira brinca ao ser classifica­do como o primeiro homem negro a apresentar um reality show no Brasil. “Tem esse posto? Eu amei! Eu tava pensando... O Netinho de Paula não fazia o ‘Domingo da Gente’? Aquilo lá era reality? Não sei. Mas se for verdade, eu já vou botar isso no meu LinkedIn (risos). Mas, para mim, apresentar um programa e sendo negro, com essa falta de representa­tividade que a gente sempre vê, é uma honra antes de tudo. Fico muito honrado e muito feliz de estar colhendo esse fruto que não é só meu. É fruto de muito trabalho e de muita gente que abriu caminho para mim para que hoje eu pudesse fazer o que eu estou fazendo”, declara o humorista, que destaca a diversidad­e em outras áreas do programa. “Teve muito casal gay, muita representa­tividade preta. É um programa diverso e plural como é o Brasil”.

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