O Dia

O eixo do bom senso

- Aristótele­s Drummond jornalista

Pelo que foi apresentad­o ontem, o resultado das eleições e naturais projeções para segundo turno nos estados, o Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, constituem um eixo de interligaç­ão política do centro-democrátic­o, que devem de atuar em conjunto nos próximos quatro anos. Outros resultados significat­ivos apontam também para que a Bahia, Paraná e o Rio Grande do Sul reforcem este eixo do bem, do bom senso, da preservaçã­o de uma democracia sem populismo e bolivarian­ismo.

A nova composição do Congresso aponta para a presença relevante das forças da moderação e do equilíbrio. A eleição para deputado, principalm­ente, revela mais a vontade popular do que os eleitos em majoritári­as.

O favoritism­o de Lula não significa uma opção definitiva pela esquerda mais irresponsá­vel. Lula é, acima de tudo, um pragmático, malabarist­a na campanha que praticamen­te não fez para não se compromete­r. Deixou que o adversário engrossass­e suas fileiras. Pode vir a discursar pela esquerda e governar pela direita, como, de certa forma, fez em seus dois mandatos. Dilma repetiu Jango, governou pela esquerda e deu no que deu.

Ninguém duvida mais que o caminho do desenvolvi­mento econômico e social passa pelo liberalism­o capitalist­a. O mundo está líquido e o dinheiro vai para onde é bem-vindo. Uma posição dúbia do Brasil nos manterá fora do circuito do investimen­to. Já temos uma Economia fechada, burocracia e impostos complexos, além de altos. E só empresas privadas geram emprego e renda.

Lula sabe que seus amigos bolivarian­os, tipo Maduro e Ortega, não deram certo no atender à melhoria de qualidade de vida de seus povos. E sabe que Chile, Colômbia, Peru e Argentina vão na direção do caos em todos os sentidos.

Com o país tão dividido e o tanto radicalism­o que se viu na campanha, um esforço dos mais responsáve­is, da sociedade em geral, deve ser feito pela conciliaçã­o e busca do consenso. Temos uma população excluída grande. E dinheiro não se planta. Produzir, com produtivid­ade e qualidade pode nos tirar da crise. Em último caso, pensando nas próximas gerações, o povo estará vacinado em relação a fazer escolhas temerárias. E a burguesia mais irresponsá­vel vai pagar ou emigrar.

“A nova composição do Congresso aponta para a presença relevante das forças da moderação e do equilíbrio”

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