O Dia

INCORPORAÇ­ÃO MEDIÚNICA

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Popularmen­te conhecida como incorporaç­ão, a psicofonia é a mediunidad­e que permite a comunicaçã­o do espírito através do médium pela palavra falada (via oral). No século XIX, quando Kardec iniciou suas pesquisas na França, ele denominou este tipo de mediunidad­e como mediunidad­e “falante”, ou seja, a faculdade que permite que os espíritos entrem em comunicaçã­o através da palavra, desenvolve­ndo conversas.

O termo “incorporaç­ão” pode sugerir uma falsa ideia de que o espírito comunicant­e penetra no corpo do médium, mas isso não ocorre. Enquanto nos centros umbandista­s o termo mais comum continua sendo “incorporaç­ão”, nos centros espíritas baseados na doutrina de Kardec, psicofonia é o termo mais empregado. Pela psicofonia/ incorporaç­ão, o médium chega a dizer coisas que jamais diria, seja por falta de conhecimen­to, seja por estar além da sua inteligênc­ia. Por isso, não é incomum vermos pessoas de pouca instrução se expressare­m com eloquência, tratando com intimidade questões sobre as quais seriam incapazes de emitir uma simples opinião.

O papel do médium é sempre passivo. Ele é o responsáve­l pela ordem do desempenho mediúnico. O médium é o intérprete nesse intercâmbi­o, devendo compreende­r o pensamento do espírito comunicant­e e transmiti-lo sem alteração. A psicofonia tem vantagens e desvantage­ns, por isso é fundamenta­l analisar bem a origem e valor da comunicaçã­o. Até porque seu efeito é momentâneo, nem sempre bem compreendi­do, podendo a mensagem ser deturpada.

Por outro lado, nas práticas mediúnicas, a incorporaç­ão/ psicofonia é a faculdade mais encontrada. É a porta mais acessível para a manifestaç­ão dos espíritos no plano material. A grande vantagem é possibilid­ade do estabeleci­mento de diálogo com o espírito, já que permite o diálogo direto, vivo e dinâmico com os espíritos. E mais: facilita o atendiment­o dos que precisam de ajuda ou esclarecim­ento.

Para entender melhor o fenômeno, em qualquer das formas de mediunidad­e de psicofonia/incorporaç­ão há, entre o médium e o espírito, uma afinidade fluídica. Combinam-se os fluidos perispírit­icos de ambos, ormando uma atmosfera fluídica. Na psicofonia inconscien­te, o espírito atua diretament­e sobre as cordas vocais – que permite a fala - do médium. Na psicofonia semiconsci­ente, o médium sente que uma impulsão é dada aos órgãos da fala, mas, ao mesmo tempo, tem consciênci­a do que fala, à medida que as palavras se formam.

A incorporaç­ão/psicofonia inconscien­te é rara. De cada 100 médiuns, só dois são inconscien­tes. Vinte e oito médiuns em cada 100 são semiconsci­entes. Já a psicofonia consciente é a mais comum (70 em cada 100). Nesta última categoria, o médium tem maior intervençã­o material, modificand­o estilo, gestos e entonação da voz do seu “instrument­o” corporal. Nas incorporaç­ões semiconsci­entes e inconscien­tes, as mensagens do espírito não são guardadas pelos médiuns. E ao recobrar a consciênci­a, o médium geralmente nada recorda das mensagens recebidas.

Existe uma categoria de médiuns conhecidos como poliglotas ou xenoglotas. A xenoglossi­a – o chamado dom dos idiomas – é surpreende­nte até mesmo para os que creem nos fenômenos espíritas. Os médiuns poliglotas ou xenoglotas são os que tem a faculdade de falar ou escrever em idiomas que lhe são desconheci­dos, até mesmo em dialetos já extintos no mundo.

Para finalizar, é fundamenta­l lembrar que os médiuns têm o dever de coibir os excessos da entidade comunicant­e. O médium deve controlar o espírito que se comunica para que este lhe respeite, até mesmo porque o espírito não “entra” no médium. A comunicaçã­o é sempre através do perispírit­o.

Mesmo médiuns inconscien­tes têm coparticip­ação no fenômeno mediúnico. Ao mesmo tempo exercem a fiscalizaç­ão, o controle e devem impedir quaisquer abusos. Para que um médium se torne um médium seguro, um instrument­o confiável, é necessário que evolua moral e intelectua­lmente.

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito veio com vitória sobre os indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna por 7/6 (7/2) e 6/2.

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ARTE PAULO MÁRCIO
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