O Dia

Palmeiras leva a Supercopa

Rubro-Negro comete erros, equilibra na técnica, mas perde o primeiro título do ano. Final: 4 X 3

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Como a final da Libertador­es de 2021, o Palmeiras voltou a bater o Flamengo numa decisão e conquistou pela 1º vez a Supercopa do Brasil. Assim como naquele ano, quando os dois também jogaram a competição que abre o calendário, foi um grande jogo, em especial o segundo tempo, com um 4 a 3 digno das equipes. Raphaeel Veiga, Gabriel Menino e Gabigol marcaram duas vezes e Pedro, uma.

No primeiro e último grande teste do time comandado por Vitor Pereira antes do Mundial de Clubes, há muitos problemas a serem resolvidos, em especial no meio de campo e na defesa, antes da semifinal do dia 7 contra Wydad (Marrocos) ou Al-Hilal (Arábia Saudita). A delegação rubro-negra embarca para o Marrocos na quinta-feira.

PRIMEIRO TEMPO

Com a rivalidade crescente entre os dois clubes nos últimos anos, não foi surpresa o nível acima do normal de reclamaçõe­s e discussões. O que ficou fora do normal foi o Flamengo no primeiro tempo. A diferença entre os trabalhos de Abel Ferreira, de três anos, e de Vitor Pereira, de um mês, chamou a

atenção.

No primeiro grande teste, o Rubro-Negro estava irreconhec­ível: sem volume de jogo, sem criação de jogadas e muita dificuldad­e do meio e da zaga. Ainda assim, o Flamengo achou o gol quando Arrascaeta sofreu pênalti de Zé Rafael. Gabigol foi para a cobrança e marcou, aos 25.

PROVOCAÇÃO E GOLAÇOS

Na comemoraçã­o, o atacante mostrou a camisa 10 para a torcida do Palmeiras, gerando uma das muitas discussões entre jogadores. Só que o Palmeiras tinha muito mais volume de jogo e chegava com facilidade ao ataque, só não finalizava.

Quando fez, marcou duas

vezes. O primeiro, de Raphael Veiga.

Nos acréscimos, Gabriel Menino fez um golaço de fora da área, após troca de passes. No segundo tempo, a decisão da Supercopa virou jogão. O Flamengo melhorou bastante ofensivame­nte. Weverton espalmou cabeçada de Pedro e, no rebote, chute de Arrascaeta, mas nada pôde fazer contra Gabigol.

Aos cinco, o camisa 10 recebeu lançamento primoroso de Everton Ribeiro e empatou. Só que, aos 13, o Palmeiras marcou de novo com Raphael Veiga, em pênalti cometido por Everton Ribeiro ao colocar a mão na bola. Nem deu tempo de comemorar, já que Pedro, dois minutos depois, marcou golaço de calcanhar, na primeira grande troca de passes do Flamengo.

O jogo ficou mais eletrizant­e. Logo após os gols, Santos salvou chute de Dudu na pequena área e, no contra-ataque, Pedro foi travado na hora do chute, enquanto Weverton pegou finalizaçã­o de Gabigol. Com as ações equilibrad­as, o Palmeiras marcou pela quarta vez, com Gabriel Menino, aproveitan­do nova bobeira da defesa, aos 28. No lance, a arbitragem não marcou o impediment­o que existiu.

Vitor Pereira tirou Arrascaeta, Varela e Gerson, para colocar Everton Cebolinha, Matheuzinh­o e Vidal. Opção que não funcionou. O time já não criava. Matheus França entrou no lugar de Ayrton Lucas e houve pressão no fim, mas o Palmeiras conseguiu segurar o resultado.

Segundo tempo foi eletrizant­e, mas Flamengo cometeu mais erros e perdeu a chace do Tri

 ?? SERGIO LIMA / AFP ?? Acostumado­s a decisões, Flamengo e Palmeiras mais uma vez deram espetáculo, com direito a climão, como provocaçõe­s às torcidas opostas
SERGIO LIMA / AFP Acostumado­s a decisões, Flamengo e Palmeiras mais uma vez deram espetáculo, com direito a climão, como provocaçõe­s às torcidas opostas

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