Veja como escolher as melhores linhas de financiamento para MEIs
Planejar antes de pedir crédito é maneira de evitar problemas, priorizando as menores taxas de juros
OEstado do Rio de Janeiro conta atualmente com 1.207.492 de microempreendedores individuais (MEIs), segundo dados do Sebrae Rio. De acordo com o órgão, 49,83% atuam na área de serviços, 22,35% em comércio, 19,62% em indústria, 4,05% em turismo e 3,89% em economia criativa. E um grande desafio de quem empreende é a falta de recursos para investir ou ampliar o próprio negócio. Por isso, é comum que o empreendedor fique em dúvida se vale a pena solicitar crédito.
Para o planejador financeiro empresarial Marlon Glaciano, é importante que o MEI tenha um estudo de negócio, já que tomar crédito sem inteligência financeira pode ser prejudicial e até quebrar o empreendimento. Ele destaca que por existir diversas opções de linhas de crédito disponíveis, o MEI deve dar preferência àquelas que oferecem taxa de juros mais baixa.
“Quando pensamos em vantagens, vemos que algumas instituições não só oferecem linha de crédito, mas também acompanhamento do negócio com gerenciador financeiro virtual, acompanhamento empresarial, prazo de pagamento maior. As melhores taxas variam de 0,99% a 2,28% ao mês”, diz.
Vale lembrar que antes de solicitar um empréstimo, o MEI precisa estar atento se está em dia com a taxa de Declaração de Arrecadação Simplificada (DAS) e com as Declarações de Rendimentos Anuais. “O microcrédito é uma boa opção aos microempreendedores, seu valor varia de acordo com o banco escolhido, e é possível encontrar crédito de R$ 300 até R$ 21 mil”, informa o Sebrae em nota.
Outro ponto que o MEI deve atentar são os golpes. Estelionatários enviam mensagens se passando por instituições de crédito conhecidas para roubar dinheiro e dados.
“Existem quadrilhas que atacam exclusivamente quem é MEI, porque os microempreendedores costumam colocar o telefone deles no cartão de CNPJ. Passando-se por uma instituição financeira, afirmam que conseguem aprovar crédito e pedem os documentos da pessoa. Para comprovar a renda, solicitam a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore), mas quando a recebem, afirmam que o documento está errado”, orienta a coordenadora de fiscalização, ética e disciplina do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Franciele Carini.
DESCONFIE GENEROSIDADES
Para se precaver, a vice-presidente de fiscalização do CFC, Sandra Campos, recomenda desconfiar de ofertas “generosas” demais.
“Os bancos ganham dinheiro em cima de juros. Se a taxa é muito baixa, tem que desconfiar e se certificar. Para isso, é possível entrar em contato com a própria instituição financeira ou com o Conselho de Contabilidade do estado”, recomenda.
Por isso, antes de contratar ou pagar por um serviço de contador desconhecido, é preciso conferir todos os dados do profissional no site dos Conselhos Regionais, inclusive o registro profissional.
“Usam os nomes, mas outros dados costumam não bater. O DDD da pessoa que atende à vítima geralmente não corresponde ao do contador ‘real’, por exemplo”, conta.