Outono muito além das praias
Feira literária, hoje, na Mangueira, e Rolé Carioca, amanhã, em Realengo, são as atrações
Eventos longe das famosas praias cariocas movimentam o fim de semana de outono no Rio de Janeiro. Amanhã, em Realengo, na Zona Oeste, será realizada a 11° edição do tradicional Rolé Carioca, com um roteiro por lugares históricos do bairro, quando o público poderá descobrir a cultura popular e suburbana da cidade. Já a Estação Primeira de Mangueira, ainda comemorando seus 95 anos de fundação, promove até hoje a primeira edição de sua Feira Literária e Cultural, a FLIC. Com a entrada gratuita, o evento, que começou ontem na quadra da verde e rosa, conta com oficinas de percussão e criação poética, lançamentos de livros, além de roda de samba.
Em Realengo, o passeio de amanhã terá início na estação de trem, às 10h. Para aqueles que não conhecem o bairro e desejam chegar juntos, haverá um ponto de encontro no terminal Central do Brasil, às 8h50.
O projeto propõe, a partir da valorização das histórias e memórias do bairro, estimular uma nova relação entre quem vive a cidade e a região, aumentando a autoestima dos moradores e trazendo novos olhares sobre o subúrbio.
O roteiro foi criado a partir de uma pesquisa de professores de história que, no Rolé, vão falar sobre as memórias locais e fatos históricos. O Rolé é gratuito e passará por oito pontos reconhecidos do bairro, dentre eles, a Estação de trem, a Escola Militar, o Colégio Dom Pedro II, o Cine Theatro, e o Viaduto. Outro local que faz parte do roteiro é a antiga fábrica de cartuchos, onde está sendo construído o Parção
que Realengo, com previsão de inauguração para 2024. O lugar homenageará a grande repórter Susana Naspolini, que exercia seu papel dando relevância para a população e auxiliando em benefício dos cariocas.
A coordenadora de produ
do projeto, Beatriz Novellino comentou sobre a importância da caminhada por esses locais históricos. “As pessoas não conhecem o bairro, muitas vezes só conhecem por uma narrativa de história sempre em páginas polícias. A ideia é entender a partir das
ruas, das praças, dos monumento um pouco mais como o bairro se desenvolveu e como ele impacta as pessoas no dia a dia até hoje”, disse.