Grande Rio doará prótese para passista
Alessandra dos Santos Silva teve o braço amputado durante internação para a retirada de um mioma
A Acadêmicos do Grande Rio doará uma prótese para a passista Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, que teve o braço amputado durante internação para a retirada de um mioma. A informação foi revela ao site Carnavalesco pelo presidente de honra da agremiação, Helinho de Oliveira, e pela passista, na quinta-feira, durante a leitura da sinopse do enredo para o Carnaval 2024.
Alessandra foi homenageada pelos presidentes da escola de Caxias com um buquê de flores e convidada a compor a mesa da leitura da sinopse de 2024. Durante o discurso de homenagem, o presidente Milton Perácio disse que ela seguirá na ala de passistas.
Em recuperação e com o psicológico abalado, Alessandra agora tenta se aceitar e sair de casa. A passista recebeu alta em abril, após meses de internação, e atualmente faz sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos da mão. Impedida de trabalhar e com sequelas da anestesia, a passista contou que não teria condições para comprar uma prótese. Segundo ela, o processo de aceitação está sendo difícil.
Há 19 anos na agremiação caxiense, Alessandra começou na ala da comunidade
“Ainda não estou 100%. Estou tendo que fazer fisioterapia em casa e também não posso ficar muito tempo em pé. Estou me recuperanamor do aos poucos. Eu não tenho nem palavras para agradecer o que eles estão fazendo por mim. É uma coisa (prótese) que eu não poderia comprar mesmo, porque é bastante cara. Eu fui pesquisar e a mais barata custa R$ 10 mil”, contou Alessandra. “A prótese não vai devolver o meu braço, mas esteticamente e falando como mulher e passista, ela vai melhorar muito o meu psicológico. Até eu me acostumar a me olhar da forma que me encontro hoje… Está sendo muito difícil”.
Há 19 anos na agremiação caxiense, Alessandra começou na ala da comunidade e tentou ir para a ala de passistas por cinco vezes — quando recebeu o convite do presidente Milton Perácio. “O meu
pela Grande Rio veio aos poucos. Começou com escolha de samba – eu comecei a vir com o meu vizinho. Daí eu falei: eu quero isso pra minha vida. Eu amo muito essa escola e o pessoal da comunidade. Essa comunidade é um povo que sai todo mundo correndo do trabalho, vem direto do trabalho ensaiar com uma imensa alegria. É amor”, comentou.