Ministro defende liberação de verba do FAT para alunos do Ensino Médio
“A bolsa daria equidade à juventude”, afirmou Luiz Marinho, ao encerrar seminário
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu, na quinta-feira, no Rio de Janeiro, a destinação de parte dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para bolsas de estudo voltadas a estudantes de baixa renda do Ensino Médio.
A medida igualaria oportunidades dos jovens de baixa renda com famílias de renda mais alta. “A bolsa daria equidade à juventude”, afirmou, ao encerrar, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o seminário “Perspectivas para o Futuro do Trabalho”, comemorativo do Dia da Indústria, celebrado ontem.
O ministro disse estar disposto a fazer um debate internamente no governo e com a sociedade sobre esse tema, e considera “um equívoco” o FAT financiar a previdência. “O FAT tem
que estar destinado para a proteção do trabalhador, do seguro-desemprego, da qualificação, formação e educação dos jovens”, afirmou. Ele acredita que pode estar aí
uma solução para reduzir a evasão escolar e elevar o nível de conhecimento do conjunto da sociedade, visando atingir o desenvolvimento tecnológico.
Marinho esclareceu que o Brasil enfrenta o desafio de melhorar o Ensino Médio, introduzindo aí também o ensino profissionalizante. A ideia é universalizar o ensino integral, introduzindo capacitação “para valer” no Ensino Médio. “Que o jovem saia do Ensino Médio capacitado para o mercado de trabalho”, opinou. Para reter o aluno, para que não deixe de concluir o Ensino Médio, ele receberá uma bolsa com recursos do FAT e do Ministério da Educação (MEC).
O ministro reconheceu que não daria para implantar a medida de uma vez, mas de forma gradativa. “Eu acho que é um debate que temos de olhar para o futuro e não simplesmente no curto prazo. Acho que o Brasil está devendo isso a nossa juventude”.