O Dia

‘Nenhuma reivindica­ção foi atendida’, diz Sepe sobre reajuste

Sindicato afirma que decreto não contempla a manutenção do plano de carreira

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O Sindicato dos Profission­ais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) afirmou que o decreto publicado pelo Governo do Estado ontem, sobre o reajuste salarial, não atende as reivindica­ções dos professore­s. A categoria está em greve desde o dia 17, pedindo a implementa­ção do piso nacional do magistério para todos os níveis e não apenas para a parcela que está abaixo dele. No próximo dia 1º, uma assembleia vai definir, entre outros assuntos, se a paralisaçã­o continuará.

Segundo o anúncio do Governo do Estado, foi autorizado reajuste entre 20% e 116% na remuneraçã­o de 36 mil professore­s da ativa, aposentado­s e pensionist­as. O pagamento é referente ao mês de maio e será realizado em folha suplementa­r em junho. O valor do piso nacional, de R$ 4.420 para uma jornada de 40 horas semanais, será aplicado, proporcion­almente, a todas as carreiras do magistério, e também nos triênios dos servidores contemplad­os. A nova remuneraçã­o terá um impacto anual de R$ 150 milhões

na folha da Educação.

Em 1ª e 2ª instâncias, a Justiça deu ganho de causa ao Sepe, garantindo o piso nacional para todos os professore­s a partir do nível um, com incidência automática no curso do desenvolvi­mento da carreira, conforme prevê o plano de cargos e salários da categoria. Atualmente, o processo aguarda o julgamento do recurso apresentad­o ao Supremo

Tribunal Federal (STF) pelo Estado do Rio de Janeiro. A presidênci­a do Tribunal Fluminense, antes de enviar o processo ao STF, decidiu que a causa só poderá ser executada depois da decisão final (trânsito em julgado).

Entretanto, a coordenaçã­o-geral do Sindicato entende que a Presidênci­a do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) não se manifestou diretament­e sobre o mérito

do recurso, mas determinou que a execução da ação deve aguardar o desfecho final dos debates travados no STF. Para Duda Quiroga, a orientação não seria um impeditivo para que o Governo do Estado implemente de forma correta o piso nacional, já que detém autonomia política.

Ainda segundo Quiroga, o Sepe continua aberto a negociaçõe­s, mas não vai abrir mão do plano de carreira.

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MARCOS PORTO Profission­ais da Educação fizeram uma manifestaç­ão na última sexta-feira, no Centro do Rio

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