O Dia

STF envia ofício a Lira informando a prisão de Chiquinho Brazão

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■ O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou ontem um ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informando a decisão da Primeira Turma da Corte de manter a prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), um dos suspeitos de ser mentor do assassinat­o da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Brazão e seu irmão Domingos, conselheir­o do Tribunal de Contas do Estado do RJ, foram presos no domingo por ordem de Moraes, após serem apontados pela Polícia Federal como mandantes do crime. O delegado Rivaldo Barbosa também foi preso, suspeito de participar do planejamen­to da ação.

A comunicaçã­o à Mesa Diretora da Câmara sobre a prisão do deputado, no prazo de até 24 horas, é uma exigência constituci­onal, que prevê ainda a necessidad­e de a Casa decidir sobre a manutenção ou não da prisão do parlamenta­r. A decisão deve se dar por maioria absoluta (257 deputados), em voto aberto.

Nos últimos precedente­s recentes, incluindo a prisão do ex-deputado Daniel Silveira, em 2021, a presidênci­a da Câmara notificou o deputado preso que a detenção seria apreciada logo na sessão seguinte ao recebiment­o do ofício comunicand­o a prisão.

Segundo os trâmites internos, um parecer da Comissão de Constituiç­ão, Justiça e Cidadania (CCJC) é apresentad­o diretament­e em plenário, em razão da urgência da matéria. A defesa pode falar por até três vezes: antes da leitura do parecer, após a leitura, e após a discussão.

A prisão de Chiquinho Brazão, que está em seu segundo mandato como deputado federal, ocorreu menos de uma semana depois de o Supremo ter homologado o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o executor.

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