Justiça adia julgamento do contraventor Piruinha
Bicheiro de 94 anos é acusado de mandar matar o comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola, o Neto, em 2021
O 3º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio adiou para o próximo dia 25 o julgamento do contraventor José Caruzzo Escafura, o Piruinha, de 94 anos. Ele é acusado de mandar matar Natalino José do Nascimento Espínola, o Neto, que era dono de uma loja de carros. O crime ocorreu em julho de 2021, na Estrada Intendente Magalhães, na Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio.
O júri estava marcado para ontem, quando seriam ouvidas 18 testemunhas, mas o Ministério Público (MPRJ) avaliou necessária a presença de outros dois réus na ação: o policial militar Jeckson Lima Pereira, segurança do bicheiro, e Monalizza Neves Escafura, filha de Piruinha, que está foragida. Os promotores também pediram mais tempo para analisar documentos que foram juntados ao processo.
AUDIÊNCIA
A defesa de Piruinha pediu que a prisão fosse revogada, mas o juiz Cariel Bezerra Patriota alegou que o contraventor já responde em regime aberto, sem o uso de tornozeleira, o que torna o afrouxamento injustificável. A defesa da Monalisa Escafura também pediu revogação no mandado de prisão, mas não houve acordo.
Por outro lado, o juiz deferiu o pedido de soltura de Jeckson. Ele citou que o resultado da perícia técnica não identificou o carro usado no ataque a tiros contra Natalino José do Nascimento Espínola como sendo do PM.
Piruinha, que cumpre prisão domiciliar, participaria do julgamento por videoconferência. Ele foi preso há dois anos em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio. No fim de 2023, o bicheiro sofreu uma queda no banheiro do presídio e, desde então, está preso com medidas cautelares em sua casa, devido a problemas de saúde.
RELEMBRE O CASO
A mando do bicheiro, segundo as investigações, o segurança particular e PM Jeckson Lima Pereira executou Neto, que era dono de uma loja de carros. O MP pontua que o crime foi praticado por motivo torpe, já que a vítima foi morta por não ter pago uma dívida em dinheiro que tinha com contraventores da cidade.