Rio tem dez novos casos de Febre do Oropouche
A doença foi registrada nos municípios de Japeri, Valença, Piraí e na capital
ASecretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) recebeu, na segunda-feira, a confirmação de dez casos de Febre do Oropouche (FO), registrados nos municípios de Japeri, Valença, Piraí e Rio de Janeiro pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) e pelo laboratório de referência da Fiocruz. De acordo com o órgão, os casos estão sendo analisados em parceria com as cidades envolvidas para apurar se são autóctones (transmissão local) ou “importados”, quando a transmissão acontece em outro território.
Os sintomas da Febre do Oropouche, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Ainda segundo a SES, não existe tratamento específico para a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
“O vírus da Febre do Oropouche é endêmico no Amazonas e apresenta alguns períodos de surto. A letalidade registrada é baixa. A orientação que vamos passar aos municípios é que eles mantenham a
conduta médica realizada nos casos de suspeita de dengue”, afirma Claudia Mello, secretária Estadual de Saúde.
Ao DIA, a infectologista Raíssa Perlingeiro, de 35 anos, ressaltou que, com quantos mais casos registrados, o risco potencial da Febre do Oropouche se tornar uma epidemia, assim como a dengue, aumenta. “Para que aconteça a transmissão dessa doença, o mosquito precisa picar uma pessoa contaminada para, ao picar a próxima pessoa, infectá-la. Vale reforçar que esse é um processo que não acontece em poucos dias”, explica.