Peemedebista afirma não confiar na oposição
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu líderes da oposição em sua residência oficial na manhã de ontem e demonstrou sua irritação com a nota divulgada no fim de semana na qual PSDB, DEM, PPS, PSB e SD pedem seu afasta- mento do cargo.
“Se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte, vocês me derrubam”, disse Cunha, segundo um dos participantes do encontro relatou ao Estado. Os líderes da oposição reagiram dizendo que a nota divulgada por eles foi uma resposta à pressão das bases, mas que o presidente poderia continuar contando com o apoio deles.
Já na Câmara, os mesmos líderes da oposição passaram o dia encarando saias-justas para explicar os motivos de apresentarem nota no fim de semana, mas não assinarem requerimento de abertura de processo de cassação contra
#foracunha Um ‘tuitaço’ contra Eduardo Cunha colocou ontem a hashtag foracunha como um dos assuntos mais comentados do Twitter no País. O tema chegou a ficar na quinta posição nos trending topics mundiais da rede social. Cunha por quebra de decoro parlamentar.
“A situação do presidente da Casa tem que ser preservada do ponto de vista da prerrogativa constitucional”, afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), após participar do encontro. “Qualquer cidadão que esteja no cumprimento de suas obrigações tem legitimidade.”
“Na realidade, nós não temos um documento que diga que ele cometeu um ilícito”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).
Senado. No Senado, o fato de a oposição não questionar Cunha sobre as denúncias de ter contas na Suíça foi objeto de discursos. Mas os parlamentares petistas também foram cobrados. “A bancada do PT da Câmara está absolutamente silente, de bico calado em relação a essas acusações”, disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).