O Estado de S. Paulo

Peemedebis­ta afirma não confiar na oposição

- Daniel Carvalho /

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu líderes da oposição em sua residência oficial na manhã de ontem e demonstrou sua irritação com a nota divulgada no fim de semana na qual PSDB, DEM, PPS, PSB e SD pedem seu afasta- mento do cargo.

“Se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte, vocês me derrubam”, disse Cunha, segundo um dos participan­tes do encontro relatou ao Estado. Os líderes da oposição reagiram dizendo que a nota divulgada por eles foi uma resposta à pressão das bases, mas que o presidente poderia continuar contando com o apoio deles.

Já na Câmara, os mesmos líderes da oposição passaram o dia encarando saias-justas para explicar os motivos de apresentar­em nota no fim de semana, mas não assinarem requerimen­to de abertura de processo de cassação contra

#foracunha Um ‘tuitaço’ contra Eduardo Cunha colocou ontem a hashtag foracunha como um dos assuntos mais comentados do Twitter no País. O tema chegou a ficar na quinta posição nos trending topics mundiais da rede social. Cunha por quebra de decoro parlamenta­r.

“A situação do presidente da Casa tem que ser preservada do ponto de vista da prerrogati­va constituci­onal”, afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), após participar do encontro. “Qualquer cidadão que esteja no cumpriment­o de suas obrigações tem legitimida­de.”

“Na realidade, nós não temos um documento que diga que ele cometeu um ilícito”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).

Senado. No Senado, o fato de a oposição não questionar Cunha sobre as denúncias de ter contas na Suíça foi objeto de discursos. Mas os parlamenta­res petistas também foram cobrados. “A bancada do PT da Câmara está absolutame­nte silente, de bico calado em relação a essas acusações”, disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil