O Estado de S. Paulo

Ações da Vale caem 10,63%

- Karin Sato

As empresas de commoditie­s estiveram ontem entre os principais destaques negativos da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Um dos principais motivos para isso foram dados ruins da China. O país registrou superávit comercial de US$ 60,3 bilhões em setembro, número até acima das expectativ­as dos analistas. As exportaçõe­s chinesas, porém, recuaram 3,7% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, ainda que economista­s esperassem queda maior, de 6,5%. As importaçõe­s recuaram 20,4% na mesma comparação, mais do que a expectativ­a de queda de 16,5%.

Muito por causa desses números – além, claro, das incertezas políticas domésticas –, as ações da Vale caíram 10,63% (ON) e 7,87% (PNA). Usiminas PNA fechou na mínima, com queda de 11,53%, a R$ 3,30, e CSN ON recuou 12,57%, a R$ 4,66.

Já as ações da Petrobrás cederam 8,12% (ON) e 7,61% (PN). Além da turbulênci­a no cenário político, pesou sobre a estatal o recuo dos preços do petróleo, em meio a novas previsões de excesso de oferta do produto em 2016. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para novembro fecharam a US$ 46,66 por barril, em queda de US$ 0,44 (0,93%). Na Interconti­nental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 49,24 por barril, em baixa de US$ 0,62 (1,24%). Na segundafei­ra, o petróleo já havia caído 5,1% em Nova York, em reação ao informe de que a produção dos países da Opep cresceu em setembro.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 4%, a maior queda porcentual desde o recuo de 4,47% de 1.º de dezembro do ano passado. O índice encerrou nos 47.362,64 pontos, menor nível desde 2 de outubro (47.033,46 pontos). O giro totalizou R$ 7,983 bilhões.

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