Inflação dos idosos tem desaceleração
A inflação percebida pelos idosos desacelerou à metade no ter- ceiro trimestre de 2015. A taxa acumulada entre julho e setembro foi de 1,23%, ante um aumento de 2,46% no segundo trimestre deste ano, em função principalmente dos alimentos, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No quarto trimestre, porém, o resultado do IPC-3i deve acelerar novamente, diante do au- mento da gasolina, do repasse do câmbio e do reajuste na tarifa de energia elétrica do Rio. “Pressão é o que não falta para o período”, disse André Braz, pesquisador da FGV.
Entre julho e setembro, os preços perderam força apenas por questões sazonais, após a alta em custos como plano de saúde e medicamentos, muito one- rosos para a terceira idade. Por isso, o resultado não é animador. “Ainda estamos em um contexto de inflação elevada, e o índice não deve fechar abaixo de 10%”, disse Braz. Em 12 meses até setembro, o IPC-3i acumula alta de 10,21%.
Ao todo, sete das oito classes de despesa perderam força no terceiro trimestre, com desta- que para os alimentos. As hortaliças e legumes ficaram 16,33% mais baratas. Só o tomate cedeu 32,55%, enquanto os preços da cebola caíram 25,85%.
O IPC-3i representa o cenário de preços sentido em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.