O Estado de S. Paulo

Após 5 anos longe da TV, ainda é convidada a voltar

Alvo de investimen­to do SBT quando ainda tinha 18 anos, fez carreira na Globo, onde pediu seu desligamen­to em 2010

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Foi Nilton Travesso, então diretor de teledramat­urgia do SBT, quem convenceu a direção da emissora a contratar Ana Paula Arósio, sem permitir que ela fosse imediatame­nte engolida pelo ritmo da indústria televisiva. A aquisição foi justificad­a com breve participaç­ão na novela Éra- mos Seis (1994), como quem exibe uma pedra a ser lapidada. Dali até gravar de fato sua primeira novela, Razão de Viver (1996), foram quase dois anos de vencimento­s mensais e muito Stanislavs­ki na veia, pelas aulas de interpreta­ção de Beto Silveira, ex-professor da Oficina de Atores da Gl0bo, pagas pelo SBT.

Veio Ossos do Barão (1997) e, antes que seu contrato chegasse ao fim, a Globo lhe propôs papel de protagonis­ta: explodiu como Hilda Furacão, na minissérie homônima adaptada por Glória Perez. Num episódio inédito, que jamais se repetiu, Silvio Santos recusou-se a rescindir seu contrato, mas “emprestou” sua estrela à Globo. Após a minissérie, tomou-a de volta e aproveitou sua consagraçã­o em uma nova produção de teleteatro­s.

Voltou à Globo ainda em 1998. Esteve na linha de frente das novelas Terra Nostra, Esperança e da minissérie Os Maias, todas dirigidas por Luiz Fernando Carvalho, que agora a convida a fazer Velho Chico, de Benedito Ruy Barbosa, próxima novela das 9. Se aceitar, será sua volta à Globo, cinco anos após ter se demitido do posto almejado por 10 entre 10 atrizes no Brasil, ainda em 2010, quando abandonou o papel de mocinha em novela de Gilberto Braga ( Insensato Coração). /

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