Propostas mais eficientes
Carroceria que muda de forma sozinha e pneu ‘verde’ são algumas das apostas das montadoras
Tornar um carro mais econômico e menos poluente vai além de desenvolver um motor de baixo consumo. Reduzir o esforço necessário para fazer o veículo se deslocar é primordial. Para isso, artifícios como aerodinâmica eficiente, utilização de materiais leves na construção e pneus com menor resistência à rolagem entram na conta.
A Mercedes-Benz levou ao Salão de Frankfurt (Alemanha), o IAA, protótipo que altera por conta própria o comprimento e formato de sua carroceria para melhorar a aerodinâmica.
Ele aponta para o futuro, mas há soluções focadas no mesmo resultado que já são realidade. Como o conceito BlueMotion, adotado em diversos carros da Volkswagen vendidos no mercado europeu, como Polo, Golf e Passat.
São versões especiais, com alterações para reduzir o consumo e, consequentemente, os níveis de emissões. Como pneus finos, para-choque com entradas de menores, pouca altura em relação ao piso e pneus mais estreitos.
O uso de transmissão com relações finais mais longas tira melhor proveito do giro do motor em velocidade de cruzeiro, reduzindo o consumo.
No Brasil, há um Fox com a assinatura BlueMotion. Tratase do primeiro nacional da VW com motor 1.0 de três cilindros, que agora está disponível para o restante da linha e também para o Up!. As alterações são semelhantes às aplicadas no hatch vendido na Europa.
Outra solução para melhorar a aerodinâmica é reduzir o coeficiente de arrasto. O modelo de série com o menor índice do mundo é o do XL1, também da Volks – o cx é de 0,18, ante os cerca de 0,3 de um hatch compacto convencional.
O exótico cupê tem propulsão híbrida e é capaz de rodar até 100 km com um litro de diesel. A excelente marca é obtida, também, graças ao extenso uso de fibra de carbono na construção da carroceria, que pesa apenas 795 kg.
Investir em materiais leves, aliás, é uma das maneiras mais eficazes de melhorar os números de consumo e emissões. Essa evolução permitiu a criação de plataformas leves usadas também em modelos grandes.
A nova geração do Audi Q7, por exemplo, é 325 kg mais leve que a anterior e, em média 26%, mais econômica. A marca alemã, pioneira na utilização de alumínio na maior parte da carroceria de seus carros de topo, trabalhou para que o jipão “emagrecesse” bastante.
Esses pacotes de eficiência costumam incluir pneus de baixa resistência à rolagem, feitos com compostos mais duros nas laterais. Isso diminui a deformação e a perda de energia em frenagens e acelerações. Segundo informações da Pirelli, com esses pneus a economia de combustível pode chegar a 6%.