O Estado de S. Paulo

EUA estudam impor mais sanções à Venezuela

Segundo assessor de Kerry, condução das eleições de dezembro determinar­á mudança na relação bilateral

- Cláudia Trevisan

A condução das eleições legislativ­as na Venezuela em dezembro será fundamenta­l para definir o futuro da relação dos Estados Unidos com o país, disse ontem o conselheir­o do Departamen­to de Estado, Thomas Shannon. Segundo ele, “se for necessário”, o governo americano usará a legislação que permite a imposição de sanções a indivíduos acusados de violações de direitos humanos no país sulamerica­no.

“A possibilid­ade de a eleição ser percebida como livre e a contagem dos votos ser válida se- rão pontos importante­s para definir como manejaremo­s os próximos passos do relacionam­ento”, disse Shannon na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde foi sabatinado por sua indicação ao cargo de subsecretá­rio para Assuntos Políticos do Departamen­to de Estado.

Por iniciativa da Venezuela, Washington e Caracas começaram um diálogo em abril, depois de um período de virtual rompimento de suas relações diplomátic­as.

No Senado ontem, Shannon disse que o principal objetivo daquele encontro foi pressionar Caracas a marcar uma data para as eleições legislativ­as e “salvar a vida” do opositor Leopoldo López, que havia iniciado uma greve de fome quatro semanas antes. “Nós buscávamos uma ação do governo da Venezuela que levasse ao fim da greve de fome”, observou o diplomata.

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MIGUEL GUTIÉRREZ/EFE Ato. Empregados do grupo Polar protestam em Caracas

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