PM confunde macaco hidráulico com arma e mata 2 no Rio
Sargento admitiu erro em depoimento; em SP, policial foi preso por suspeita de fornecer rádio para bandidos
Um sargento da Polícia Militar confundiu um macaco hidráulico com uma arma e atirou contra o passageiro de uma moto que portava o objeto, ontem, na zona norte do Rio. O piloto perdeu o controle do veículo e bateu contra um muro. Os dois ocupantes morreram.
O caso aconteceu na Rua Doutor José Thomas, na Pavuna, na tarde de ontem. Segundo a Polícia Civil, o sargento admitiu o erro, durante depoimento na 39.ª DP (Pavuna).
Segundo depoimentos postados em redes sociais, os dois rapazes – um deles identificado apenas como Tiago e o outro conhecido pelo apelido de Fran- guinho – trabalhavam como mototaxistas e tinham ido levar o macaco hidráulico, usado para erguer automóveis, a um amigo cujo carro havia apresentado um defeito mecânico, quando se depararam com policiais que faziam patrulhamento de rotina. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios do Rio.
Após o episódio houve um protesto de moradores na Avenida Automóvel Clube. Cerca de dez pessoas com os rostos cobertos por camisetas interceptaram um ônibus da Linha 372 (Pavuna-Passeio), ordenaram que passageiros e motorista descessem e atearam fogo ao veículo. Policiais militares conseguiram apagar o incêndio, mas o ônibus ficou bastante da- nificado. Até as 22 horas, não havia detalhes sobre a abordagem da polícia nem a identificação completa dos dois mortos.
Crime em São Paulo. A Justiça Militar decretou a prisão preventiva do sargento Cesar Alexandre Alves de Oliveira, suspeito de fornecer equipamentos de comunicação da Polícia Militar para uma quadrilha investigada por roubos a caixas eletrônicos. O objetivo era monitorar a frequência dos radiocomunicado- res da corporação durante os assaltos aos terminais bancários.
O envolvimento do policial militar com a quadrilha foi descoberto na quinta-feira da semana passada, quando investigadores da Polícia Civil cumpriram mandado de busca e apreensão em um apartamento no bairro do Cambuci, região central da capital, onde funcionava uma espécie de centro de comunicação dos bandidos. Foram encontrados, entre diversos materiais, dois rádios de comunicação – um deles dava acesso ao Comando de Policiamento da Capital.