O Estado de S. Paulo

Dívida bruta chegará a 71,1% do PIB em 2016

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Ao Congresso, o governo admitiu pela primeira vez oficialmen­te que a dívida bruta do setor público vai romper a barreira de 70% do PIB em 2016. Documento enviado aos parlamenta­res e publicado em primeira mão pelo portal do ‘Estado’ aponta que a dívida bruta chegará a 71,1% ao fim do próximo ano e ainda subirá no ano seguinte, alcançando 72%. Este ano, o governo prevê que a dívida bruta feche em 68,3% do PIB.

O rompimento da barreira dos 70% traz riscos maiores para o Brasil, porque esse é um dos principais indicadore­s de robus-

fato de que houve uma “queda expressiva” da receita pública, de mais de R$ 197 bilhões entre o início do ano e a proposta de mudança da meta, apresentad­a esta semana. “A frustração de receitas superou as piores expectativ­as e surpreende­u nega- tez e sustentabi­lidade das finanças de um País observados pelas agências internacio­nais de rating. Ou seja, aumenta a possibilid­ade de o Brasil perder o selo de bom pagador por outras duas agências de classifica­ção – Fitch e Moody’s –, após a Standard & Poor's já ter feito isso no mês passado.

O relator da Receita do Orçamento de 2016, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), disse esperar que isso não ocorra. “Entendo que a economia brasileira é sólida. Passamos por problemas neste momento, mas não a ponto de sermos rebaixados mais uma vez por outras agências”, disse. Ele confirmou que não vai incluir a arrecadaçã­o com a CPMF no parecer que vai apresentar à Comissão Mista de Orçamento.

tivamente os analistas e agentes econômicos”, diz o parecer.

O deputado afirmou no texto que o ajuste fiscal está sendo feito “a duras penas”, porque a arrecadaçã­o tem caído com “muita intensidad­e” em razão da queda da atividade econômica.

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