Lei de terceirização pode diminuir o desemprego
Ataxa de desemprego da PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE, revela uma leve piora no indicador, bem como uma continuidade na piora do mercado de trabalho. No trimestre encerrado em agosto, a taxa atinge 8,7%, o maior valor desde o início da série histórica, em 2012. Espera-se uma estagnação do desemprego nos próximos meses, em função das contratações temporárias de fim de ano. Entretanto, o desemprego seguirá aumentando, podendo alcançar até 11,1% em 2016.
Apesar do saldo líquido de emprego por carteira assinada ser um dos piores já registrados, o nível da População Ocupada (PO) permanece estagnado, contra o mesmo período do ano anterior. Por que? 1) o número de empregados por conta própria aumentou. Trabalhadores empregados em CLT estão migrando a esse segmento, que pode incluir tanto o trabalho em regime autônomo (vinculado à empresa por um CNPJ), mais flexível e de menores encargos trabalhistas, como a abertura de microempresas individuais como “bicos”; 2) O setor de serviços prestados às empresas permanece em alta.
Serviços acompanha uma expansão estrutural e de tendência mundial, decorrente da contínua inovação no setor. Medidas que visem a simplificação de regras no setor, como a lei de Terceirização, poderá impulsionar a criação de novas prestadoras de serviços reduzir desemprego nos próximos anos.