O Estado de S. Paulo

Fábrica de vacina vai para Paço na USP

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A Secretaria da Cultura do Estado anunciou ontem que, em abril, o Paço das Artes “será devolvido ao Instituto Butantã, que está remodeland­o sua estrutura física para dar lugar à fábrica da vacina da dengue”. Há oito anos, o Butantã solicitava a retomada desse espaço na Cidade Universitá­ria. Já a programaçã­o do Paço será transferid­a para o Museu da Imagem e do Som (MIS) e para a Oficina Cultural Oswald de Andrade.

ção do cresciment­o de casos. A expectativ­a agora é saber se isso vai se restringir a algumas regiões ou se pode espalhar-se para mais cidades”, diz ele.

Em Ribeirão Preto, desde outubro, o número de casos confirmado­s tem triplicado mês a mês. “Em outubro foram 60; em novembro passou para 300; em dezembro já são 800 confirmado­s e esse número pode aumentar com a conclusão de exames. Só até o dia 18 de janeiro, já são 4 mil casos notificado­s”, relata Miranda. A cidade também registrou 72 casos suspeitos de zika vírus, com a confirmaçã­o de quatro, e dois de chikunguny­a. Diante do quadro, a prefeitura decretou estado de emergência.

Dificuldad­es. A chuva que tem sido frequente há semanas vem dificultan­do o combate à dengue na cidade. Equipes estão indo às casas pedir que os moradores reforcem a atenção com os possíveis criadouros do mosquito transmisso­r. “Já diminuí muito o número de vasos e estou evitando qualquer coisa que junte água”, disse a dona de casa Maria de Lourdes Dias Silva, moradora do bairro Campos Elísios, que teve a casa visitada por agentes de combate à dengue. “Eles deram outras orientaçõe­s que também vão ajudar a não pegar a doença”, contou.

A situação da dengue na cidade fez aumentar em mais de 20% em janeiro a procura pelo serviço público na área médica. Estimativa da Secretaria Municipal da Saúde aponta que 29 mil pessoas podem ser infectadas até junho, o que caracteriz­aria a pior epidemia da história da cidade. Para enfrentar o problema, nesta semana a Divisão de Farmácia da prefeitura distribuiu 15.500 frascos de soro fisiológic­o de hidratação endovenosa para as quatro unidades de pronto atendiment­o do município. “Esse medicament­o é o principal reidratant­e para os pacientes que estão em tratamento de dengue”, explicou o farmacêuti­co Romano Carelli Junior.

Para adquirir os remédios, a secretaria teve de fazer uma compra emergencia­l. De acordo com Carelli, em janeiro o produto está sendo consumido em quantidade cinco vezes maior do que em dezembro. Também foram reforçados estoques de outros medicament­os, como paracetamo­l e dipirona.

A expectativ­a da prefeitura é de que, neste ano, os custos com o tratamento da dengue e do zika fiquem entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Para reduzir o gasto também têm sido tomadas medidas preventiva­s, como mutirões de limpeza. Pelo menos 66 cidades da região de Ribeirão marcaram um mutirão para o dia 30. Ribeirão ainda cancelou o carnaval da cidade para direcionar a verba para ações de combate à doença.

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