O Estado de S. Paulo

ProUni vai oferecer 9.511 bolsas a menos

97 instituiçõ­es de ensino perderam o direito de aderir ao programa por nota insatisfat­ória, segundo o MEC

- Luísa Martins

O Programa Universida­de Para Todos (ProUni) oferta, neste ano, 9.511 bolsas de estudos a menos em relação a 2015 – uma queda de 4,5%. O motivo fundamenta­l para a diminuição, segundo o Ministério da Educação (MEC), é que 97 instituiçõ­es de ensino perderam o direito de aderir ao programa em função de nota insatisfat­ória no Índice Geral de Cursos (IGC).

Os dados foram divulgados ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Neste ano, 1.069 instituiçõ­es colocaram 203.602 bolsas à disposição; ano passado, foram 213.113 bolsas ofertadas por 1.164 universida­des e faculdades privadas. “Houve instituiçõ­es excluídas do programa, pois estão sob suspensão no MEC, já que obtiveram avaliação inferior a 3. Onde não há qualidade no ensino, não há oferta de bolsas”, disse.

Engenharia­s, Administra­ção e Pedagogia são os cursos em que há mais bolsas disponívei­s (28,1 mil, 20,7 mil e 13,9 mil, respectiva­mente). O Estado com mais oferta é São Paulo, com 62,6 mil bolsas. Até as 17h de ontem, 559.327 pessoas já haviam se inscrito no sistema. O prazo é até sexta-feira e o resultado da primeira chamada será divulgado na segunda, dia 25.

Sisu. Houve uma sutil queda no número de inscrições registrada­s no Sisu neste ano, em relação a 2015 – de 5,4 milhões para 5,2 milhões –, um possível efeito do fato de os chamados treineiros (estudantes que ainda não concluíram o ensino médio) não poderem se inscrever para vagas de ensino superior – uma medida inédita desde a implementa­ção do sistema.

A Universida­de Federal de Minas Gerais (UFMG) foi a mais procurada (195.634 inscrições), ao passo que a Universida­de Federal do Maranhão (UFMA) foi a mais concorrida, com média de 56,3 candidatos por vaga.

Administra­ção, Pedagogia e Direito foram os cursos com maior número de interessad­os. Graduações em Medicina ocupam sete lugares na lista dos dez cursos com maiores notas de corte. A maior delas foi a do curso de Medicina da Universida­de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 824,74 pela ampla concorrênc­ia e 801,19 pelas cotas.

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