Samarco ganha 15 dias para pagar R$ 2 bilhões
Governos federal e estaduais dão mais prazo para definir plano de recuperação
A Advocacia-Geral da União (AGU), os governos de Minas e Espírito Santo e a Samarco fecharam ontem acordo que estende por mais 15 dias o prazo para a empresa depositar R$ 2 bilhões da ação judicial de R$ 20 bilhões movida pela União e pelos dois Estados contra a mineradora e suas controladoras, Vale e BHP Billiton. O valor será usado para a implementação do plano inicial de recuperação ambiental, depois do rompimento da barragem de rejeitos de minério em Mariana, no dia 5 do mês passado, que deixou 17 mortos. Duas pessoas continuam desaparecidas.
De acordo com a decisão da 12.ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, o montante parcial deveria ser depositado hoje. A lama poluiu o Rio Doce e parte do litoral norte do Espírito Santo, onde o rio deságua.
A Samarco, em nota, informou que, com seus acionistas, trabalha “com as autoridades federais e estaduais em um acordo voltado para a continuidade das ações para remediar os impactos socioambientais decorrentes do rompimento da Barragem de Fundão”. Ontem, foram definidos grupos de trabalho para a atuação imediata.
Segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que participou de reunião com representantes dos governos estaduais e das três empresas, a opção por mais prazo foi para decidir o que exatamente será feito com os recursos. “O problema não é depositar o dinheiro. É saber o que será feito e como isso será financiado”, disse.
Acordo. O procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabelo, afirmou que a gestão dos