O Estado de S. Paulo

Mineradora tenta conter rejeitos em barragem rompida

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu ontem o plano de recuperaçã­o da Bacia do Rio Doce feito pela Samarco. A constataçã­o é de que a empresa ainda está investindo na contenção da enxurrada de

recursos a serem direcionad­os para a cobertura dos danos ambientais deverá ficar a cargo de uma fundação a ser criada com a participaç­ão do comitê da Bacia do Rio Doce e entidades ambientais. “O importante é que as três empresas aceitaram as diretrizes básicas do acordo.” lama ocasionada pelo rompimento da Barragem do Fundão.

A mineradora informou que está construind­o diques filtrantes entre as barragens e o distrito de Bento Rodrigues, o mais afetado pela tragédia, além de plantar 200 hectares com sementes de leguminosa­s e grama, que servem para segurar os rejeitos. As informaçõe­s são da TV Globo, que teve acesso ao documento de 80 páginas.

De acordo com o Jornal Hoje,

A expectativ­a é de que o acordo e o plano para recuperaçã­o seja levado à presidente Dilma Rousseff até o fim deste mês.

A presidente do Ibama, Marilene Ramos, que também participou da reunião, disse que as ações a serem incluídas no plano envolvem questões de sanea- a mineradora também está fazendo obras para tentar acabar com uma erosão dentro da Barragem de Fundão, que se rompeu em novembro, e segurar 20 milhões de metros cúbicos de rejeito que ainda estão lá.

A Samarco informou que o plano entregue ao Ibama integra uma proposta maior de recuperaçã­o da bacia. Já o Ibama criou um grupo técnico, que deve avaliar o plano nas próximas duas semanas.

mento básico para a população atingida e a cobertura vegetal.

Lavras. Ainda sobre a mesma ação, a Vale informou ontem que entrou com recurso para tentar reverter a decisão que prevê a indisponib­ilidade de lavras da empresa no País. Uma idosa, moradora do distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá, na Baixada Santista, morreu ontem após ter inalado a fumaça do vazamento de produto químico no Porto de Santos, na semana passada. Segundo laudo da prefeitura de Jundiaí, onde Leia Magalhães de Maria, de 68 anos, estava internada, a morte foi em decorrênci­a do “acidente relacionad­o à fumaça tóxica”.

Na quinta-feira passada, Leia, que morava no bairro Sítio Pae Cará, apresentou náuseas, vômito e asfixia após ter inalado o gás gerado pelo acidente na área da empresa Localfrio, na margem esquerda do porto, no lado do Guarujá. Após o vazamento, ela foi atendida em um hospital da cidade e liberada em seguida.

Leia foi levada para Jundiaí por um de seus filhos, que mora na cidade do interior paulista. A idosa buscou atendiment­o com os mesmos sintomas no Hospital das Pitangueir­as, onde recebeu cuidados médicos e também foi liberada.

Anteontem, ela foi encaminhad­a novamente para o hospital, pelo Serviço de Atendiment­o Móvel de Urgência (Samu), e teve a morte registrada por volta de 11 horas.

Um dos filhos da vítima registrou boletim de ocorrência, no 6.º Distrito Policial de Jundiaí, por morte suspeita. O enterro foi realizado às 10 horas de ontem, no Cemitério de Vicente de Carvalho.

A Localfrio informou que não recebeu a informação oficialmen­te e, por isso, não iria se manifestar sobre o caso.

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