Dilma fará proposta de mudanças na Lei Pelé
Presidente diz que vai enviar ao Congresso projeto de revisão do texto para ‘modernizar o futebol no País’
A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que vai mandar ao Congresso Nacional ainda neste ano um projeto de revisão da Lei Pelé e uma proposta de mudança no Estatuto do Torcedor. Dilma não deu mais detalhes sobre as alterações nos textos, mas dirigentes de clubes de futebol de todo o País são defensores das medidas.
As declarações da presidente foram dadas durante o evento de assinatura dos contratos de patrocínio da Caixa Econômica Federal com vários clubes. Sem dar maiores detalhes, a presidente afirmou que as mudanças que vai sugerir aos senado-
Sem o zagueiro Gil, que deixou a concentração da equipe ontem em Orlando, nos Estados Unidos, o Corinthians enfrenta o Shakhtar Donetsk hoje, às 21h45 (horário de Brasília), pela Florida Cup. Será o segundo jogo do alvinegro na temporada e, assim como foi contra o Atlético-MG, no domingo, a partida servirá para Tite identificar os principais problemas provocados pela saída de cinco titulares. A ideia é fazer ajustes na equipe e colocar todos os reservas para jogar.
res e deputados darão velocidade ao processo de modernização do esporte no Brasil. “Elas ( as medidas) farão com que a cadeia produtiva gere mais emprego, renda e mais vitórias para o nosso País.” Gil volta para o Brasil para assinar a sua transferência para o Shandong Luneng, da China. O clube asiático pagará o valor integral da multa rescisória do jogador, de 10 milhões (R$ 44 milhões). O Corinthians ficará com 90% do valor (R$ 39,5 milhões).
Reforço. O atacante Guilherme foi anunciado oficialmente ontem como novo reforço da equipe. O jogador estava no clube turco Antalyaspor e assinou contrato até dezembro de 2019. Ele custou 1,3 milhão (R$ 5,7 milhões). “Estou muito feliz por chegar ao topo do futebol brasileiro. Já iniciei os trabalhos e estou ansioso para estrear e encontrar essa torcida maravilhosa”, disse.
A mudança da Lei Pelé, criada em 1997 numa tentativa de profissionalizar o futebol, é um desejo antigo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e de vários clubes. Em termos gerais, a legislação acabou com o “passe”, quando os clubes tinham os direitos esportivos e econômicos sobre os atletas. Com a lei, os jogadores passaram a escolher onde jogar e os clubes passaram a se resguardar com multas contratuais.
No entanto, a CBF afirma que a legislação esportiva inviabiliza o investimento nas categorias de base, por exemplo, já que as equipes formadoras não recebem um centavo de qualquer transação, fato que faz com que empresários atuem como aliciadores de jovens promessas do futebol nacional.
Patrocínio. A Caixa Econômica Federal anunciou ontem que investirá R$ 83 milhões em patrocínios a dez clubes brasileiros em 2016. A novidade será a inclusão de Atlético-MG e Cruzeiro entre as equipes patrocinadas pelo banco estatal.
Se o banco renovar com o Corinthians por R$ 30 milhões, o valor chegará a R$ 113 milhões, ante os R$ 100 milhões investidos em 2015. O clube paulista quer um reajuste no contrato, que vence em fevereiro. A presidente Dilma Rousseff disse que a estatal ainda negocia para patrocinar Vasco e Atlético-GO.
A Caixa exige que os clubes patrocinados estejam nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. Na lista com o patrocínio master estão Flamengo (R$ 25 milhões), Atlético-MG e Cruzeiro (cada um com R$ 12,5 milhões), Atlético-PR, Coritiba, Sport e Vitória (R$ 6 milhões), Chapecoense e Figueirense (R$ 4 milhões) e CRB (R$ 1 milhão).
Os patrocínios do banco estão ancorados nos critérios do Profut. Entre outras exigências do governo para aderir ao programa, que dá desconto na regularização das dívidas, estão gestão fiscal, governança, fortalecimento do futebol feminino, melhoria das condições de trabalho dos atletas e formação de categoria de base.
A presidente Dilma afirmou que o apoio da Caixa ao futebol “vai além dos contratos. É uma parceria comercial positiva”. Entre uma série de medidas para estímulo ao futebol e ao esporte, Dilma destacou a assinatura de um decreto que cria a autoridade pública de governança do futebol. “Acompanharemos com interesse, rigor e transparência as contrapartidas assumidas pelos clubes.”
Dilma citou ainda possíveis mudanças no Estatuto do Torcedor e disse que todas essas ações darão velocidade a modernização do futebol e podem estimular a “cadeia produtiva” do esporte, gerando mais empregos.