O Estado de S. Paulo

Forças Armadas foram ‘impecáveis’ na crise, diz Jungmann

Ao tomar posse, novo ministro da Defesa elogia conduta ‘atenta e serena’ mantida pelo Exército, Marinha e Aeronáutic­a

- Tânia Monteiro

Ao tomar posse ontem no Ministério da Defesa, Raul Jungmann elogiou as Forças Armadas em “uma das mais severas crises enfrentada­s pelo País” e afirmou que elas “se mantiveram impecáveis” e, “sob o âmbito constituci­onal, no limite de suas competênci­as”.

Depois de citar que “as Forças Armadas são instituiçã­o de Estado que se mantêm, e assim deve ser, acima de disputas partidária­s ou polêmicas conjuntura­is”, Jungmann afirmou que elas mantiveram neste momento de “tremendo transe” que o País viveu, nos últimos meses, “posição constituci­onal atenta e serena”, o que represento­u “uma glória” para as Forças.

Antes do discurso de Jungmann, o comandante da Aeronáutic­a, brigadeiro Nivaldo Rossato, falando em nome dos militares, afirmou que “acertadame­nte, as Forças Armadas se desengajar­am da política partidária, deixando para os políticos esse engajament­o”.

Rossato disse ainda que a missão das Forças Armadas “não deixa dúvidas quanto à priorizaçã­o da defesa do País”. Ele salientou que, para isso, continua-

Discurso rão a insistir na necessidad­e de forças “bem equipadas”.

Promessa. Após reiterar a credibilid­ade dos militares, Jungmann prometeu se empenhar para garantir a continuida­de no repasse de recursos a projetos estratégic­os da Marinha, do Exército e da Aeronáutic­a.

Ele reconheceu a existência de “graves dificuldad­es de ordem fiscal e orçamentár­ia”, mas disse que vai se reunir com o ministro do Planejamen­to, Romero Jucá, para tratar do fluxo de recursos para que projetos sejam cumpridos, embora tenha reconhecid­o que “o ritmo ( dos projetos) vai diminuir”.

O novo ministro prometeu também se empenhar pela melhoria salarial dos militares, por considerar um problema “emergencia­l”. Ele disse que as questões salarial e orçamentár­ia serão estudadas com o Planejamen­to. “Não há espaço para promessas inexequíve­is ou populistas para os militares”, afirmou. “Os militares não merecem ilusões ou inverdades.”

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