Temer quer sugestão de sindicatos na Previdência
Grupo de trabalho com sindicalistas tem 30 dias para apresentar proposta
Após o governo ser alvo de críticas pela defesa da reforma previdenciária feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) procurou o diálogo com sindicalistas e criou ontem um grupo de trabalho para discutir uma proposta para o tema. O grupo será formado por representantes de centrais e do governo federal e deve apresentar, em até 30 dias, caso haja consenso, uma proposta de alteração na Previdência Social.
A criação do grupo de trabalho foi anunciada em uma reunião da qual participaram, além de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho). Coordenado por Padilha, o grupo terá dois representantes de cada uma das centrais sindicais e a primeira reunião está marcada para amanhã, às 9 horas. Participarão do conselho membros da Força Sindical, das Centrais Sindicais Brasileiras (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), todas representadas na reunião com Temer.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não participaram do encontro por serem contrárias ao governo Temer, mas, se quiserem, também poderão indicar nomes ao grupo de trabalho. O presidente da CUT, Vagner Freitas, informou, em nota, que a central “não reconhece golpistas como governantes” para justificar a ausência na reunião com Temer.
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), afirmou, após o encontro, que Temer disse ter “urgência em resolver a questão da Previdência”, e que pregou, logo na abertura da reunião, um governo de “negociação e discussão”. Portanto, segundo Paulinho, o presidente em exercício não abriu espaço para ministros expressarem opiniões pessoais sobre o tema.
“Não daria para (o ministro da Fazenda, Henrique) Meirelles falar nada de diferente dele (Temer)”, afirmou Paulinho, numa referência às declarações do ministro sobre a necessidade de uma reforma da Previdência. “Não vamos aceitar mudanças nos direitos adquiridos de