Fundo de Warren Buffett investe US$ 1 bi na Apple
Conhecido por preferir negócios tradicionais, como Coca-Cola e Amex, megainvestidor rompe sua suposta ‘aversão’ a empresas de tecnologia
parceiro de investimentos do fundador da Quicken Loans, Dan Gilbert.
Monótono. Warren Buffett é conhecido por investir em empresas consideradas “monótonas”, mas das quais conhece bem o funcionamento, como a seguradora Geico, a financeira Wells Fargo, a Coca-Cola, a American Express e a empresa de doces See’s Candy. Ele evita investimentos em áreas das quais não conhece muito.
Quando lhe perguntam sobre investimentos na área tecnológica, Buffett costuma justificar sua posição cautelosa citando os ramos de doces e refrigerantes. Ele diz achar difícil prever quais empresas de tecnologia serão valiosas no futuro porque o setor muda muito rapidamente, mas tem certeza de que barrinhas Snickers e Coca-Cola ainda serão populares daqui a décadas.
“Todos os negócios realmente extraordinários são os mais difíceis de valorizar”, afirmou o investidor ao canal CNBC no ano passado. “É muito mais fácil para mim calcular quanto vale a Coca-Cola do que avaliar o Google, Facebook ou qual- quer outra empresa do gênero.”
A Berkshire revelou o novo investimento na Apple num documento enviado à autoridade responsável pela bolsa de valores nos EUA (SEC, na sigla em inglês) em que detalhava algumas mudanças em seu portfólio de US$ 129 bilhões. Mas o documento não revela quem fez o investimento na Apple. Além de Buffett, a Berkshire tem outros dois gerentes de investimentos, Todd Combs e Ted Weschler, cada um deles operando com cerca de US$ 9 bilhões.
Buffett diz que seus investimentos são geralmente os maiores do portfólio. Investimentos de menos de US$ 1 bilhão ficam com Ted Weschler ou Todd Combs. Nesta segunda, o investimento na Apple era avaliado em cerca de US$ 900 milhões, por causa da queda das ações em abril.
A Berkshire também acrescentou a seu portfólio 198.853 ações da IBM no trimestre, totalizando 81,2 milhões. Buffett insiste em ficar na IBM mesmo com as ações da companhia sendo vendidas por menos que os US$ 170 que ele pagou pela maioria dos papéis que possui. Ao comprar as ações da IBM, em 2011, disse que via a empresa de serviços, com clientes mais fiéis, do que como uma empresa de tecnologia disputando consumidores com preços baratos. Hoje, a IBM está focada em software e serviços de tecnologia.