Para Temer, governo encontrou rumo certo
Ogoverno Michel Temer completa seu primeiro mês neste domingo certo de que encontrou o rumo adequado para arrumar a casa. Apesar de já ter demitido dois ministros e se ver obrigado a recuar em várias situações, Temer avalia que a solidez da equipe econômica e a coesão da sua base no Congresso estão melhorando o ambiente político. O foco no próximo mês será acelerar a agenda de votações. Nessa lista, estão a Lei das Estatais, a Lei do Petróleo, a PEC da Limitação de Gastos e concluir a DRU no Senado.
Apesar desse otimismo, Temer sabe que a votação mais importante a ser enfrentada será a que confirma ou não o impeachment de Dilma Rousseff. Na conta de seus aliados, o governo teria 59 votos, superando os 54 necessários.
Se alguns senadores que votaram contra Dilma acenam com indecisão, o governo conta com novos apoios. Nessa conta, entram senadores como Eduardo Braga, João Alberto, Jader Barbalho e Pedro Chaves (suplente de Delcídio), que não votaram pelo afastamento de Dilma.
Os integrantes da CPI da Funai e do Incra ficaram alarmados pelo conteúdo do depoimento do general de Exército Guilherme Theophilo. Ele ocupou o cargo de comandante militar da Amazônia durante dois anos, até abril de 2016.
O general afirmou que há, pelo menos, 10 mil hectares plantados de folha de coca na Amazônia.
Theophilo também contou que alguns minérios são extraídos e retirados da região rumo ao exterior, sem que haja reação. Ele alertou para o furto do nióbio, usado em automóveis, turbinas e indústrias bélica e nuclear.
Sérgio Machado, ex-Transpetro e delator da Lava Jato, também envolveu o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). Ele tentou, ainda, gravar o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, mas sem sucesso. Eunício recusou recebêlo várias vezes.
Um investigado na Lava Jato diz que há dois anos já sabia que uma hora seria pego e que viveu o tempo todo com essa aflição. Tanto que quando chegou sua vez, diz que sentiu até alívio.
Eduardo Cunha mandou avisar a Michel Temer que, se não for salvo, leva com ele para o fundo do poço 150 deputados federais, um senador e um ministro próximo ao interino.
Quem recomenda a Eduardo Cunha que renuncie à presidência da Câmara ouve um palavrão e a explicação de que, se o fizer, será preso.
O embaixador Marcel Biato, que ficou na geladeira no governo Dilma após a operação para retirar da Bolívia o senador Pinto Molina, volta a ocupar cargo no Itamaraty a convite do ministro das Relações Exteriores, José Serra. Ele será indicado para a Agência Nacional de Energia Atômica, em Viena, na Áustria.
José Serra decidiu manter os quadros do governo petista no Itamaraty. A exceção serão os que usarem o cargo para militância política. Esses serão substituídos e já estão sendo identificados. Terça, 14 de junho