O Estado de S. Paulo

Cabriolet é o suprassumo do Classe C

Inédito na linha, conversíve­l de quatro lugares chegará às autorizada­s Mercedes logo após ser lançado, durante o Salão do Automóvel

- Tião Oliveira

A cidade de Trieste, no nordeste italiano, é ainda pouco conhecida dos turistas. Às margens do Mar Adriático, é bonita, tem um certo ar clássico (herança da influência austro-húngara) e, ao mesmo tempo, irradia a energia da garotada que lota seus bares a céu aberto e pratica parkour na porta de sua catedral. A Mercedes-Benz não poderia ter escolhido lugar melhor como palco do lançamento do Classe C Cabriolet, modelo inédito na gama, que chama a atenção pelas belas e marcantes linhas da carroceria, traz soluções tecnológic­as para agradar os antenados e mira um novo e jovem público para a marca alemã.

O conversíve­l de quatro lugares será apresentad­o aos brasileiro­s durante o Salão do Automóvel, no início de novembro, e chegará às concession­árias em seguida. Versões e preços não foram revelados – as mais prováveis são C 300 (motor 2.0 turbo de 245 cv, tração traseira), AMG C 43 4Matic (V6 turbo de 367 cv, tração 4x4), ambas com câmbio automático de nove velocidade­s, e AMG C 63 S (V8 biturbo de 510 cv, câmbio automático de sete marchas e tração atrás).

Com o conversíve­l, o Classe C terá a mais ampla gama da marca no País. As outras ver- sões são sedã, cupê e perua.

Por causa do teto de lona, que pode ser aberto ou fechado com o carro rodando a até 50 km/h (em 20 segundos), há 14 cm a mais de área livre para a cabeça dos ocupantes de trás e 4 cm para os da frente. A capacidade do porta-malas vai de 285 a 360 li- tros, respectiva­mente com a capota recolhida e em uso. Outra boa solução é a possibilid­ade de baixar os encostos dos bancos traseiros, o que facilita o transporte de objetos compridos.

O acabamento interno é primoroso e mescla materiais nobres. Já a tela do sistema multi- mídia, que lembra um tablet instalado de última hora, destoa da harmonia das linhas.

Entre os destaques, há quatro cores de teto (vermelha, preta, azul e marrom). Já o vinco que vai do para-lama dianteiro ao traseiro deixa a carroceria com ar “musculoso”. As rodas têm entre 17” a 19” e o air cap, um defletor na parte superior do para-brisa, desvia o vento e elimina a turbulênci­a do ar na cabine quando o teto está recolhido.

Em movimento, o C Cabriolet tem comportame­nto muito parecido com o do sedã, embora seja até 200 kg mais pesado. O mérito é também dos vários sistemas eletrônico­s, que permitem, por exemplo, optar entre cinco modos de condução.

Nas estradas sinuosas da região, a versão AMG C 43 contornou curvas com maestria e ignorou a topografia – sobrava fôlego na hora de subir serras. A direção tem peso ideal e os freios são bem dimensiona­dos.

A carroceria balança pouco e o teto de lona tem excelente isolamento acústico.

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Destaques. Modelo tem linhas marcantes e muita tecnologia

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