Revezamento da tocha começa no DF
Quem já sente saudades dos Jogos Olímpicos do Rio vai ter uma nova chance de vivenciar os ritos da maior cerimônia esportiva do mundo. O revezamento da tocha paralímpica começou em Brasília, ontem, e vai cruzar todas as regiões do País.
Na capital federal, o primeiro atleta a conduzir a tocha foi Cláudio Irineu da Silva, 48 anos, que é tetracampeão mundial de futebol para amputados e medalha de ouro no vôlei sentado nas Paralimpíadas de Pequim, em 2008. “O esporte é a maior ferramenta de inclusão que temos no momento e foi ele que me trouxe de novo à sociedade e me ajudou a brigar por títulos e pela vida”, disse Cláudio.
O atleta, que competia no futebol profissional, sofreu um acidente aos 20 anos, quando seguiu para o esporte adaptado. “Essa visibilidade não é importante somente para os atletas paralímpicos, mas para as pessoas com deficiência em geral.”
De fato, a visibilidade foi o que trouxe muitas famílias e pessoas com deficiência para acompanhar a cerimônia no Parque da Cidade. O pequeno Brian, de 6 anos, nasceu com problemas motores nas pernas. Ele viu a propaganda do evento na TV e pediu para a mãe leválo. De cadeira de rodas, ele veio do Gama, cidade a 40 km de Brasília para seguir o revezamento.
A tocha, que ainda vai passar pelas cidades de Belém (PA), Natal (RN) e Joinville (SC), chega a São Paulo domingo, no Parque do Ibirapuera. A última parada, no Rio de Janeiro, será na terça-feira, véspera da abertura da Paralimpíada. Mais de 700 atletas vão participar do revezamento, entre pessoas com deficiência e pessoas que apoiam o esporte paralímpico.