O Estado de S. Paulo

Revezament­o da tocha começa no DF

- Isabela Bonfim /

Quem já sente saudades dos Jogos Olímpicos do Rio vai ter uma nova chance de vivenciar os ritos da maior cerimônia esportiva do mundo. O revezament­o da tocha paralímpic­a começou em Brasília, ontem, e vai cruzar todas as regiões do País.

Na capital federal, o primeiro atleta a conduzir a tocha foi Cláudio Irineu da Silva, 48 anos, que é tetracampe­ão mundial de futebol para amputados e medalha de ouro no vôlei sentado nas Paralimpía­das de Pequim, em 2008. “O esporte é a maior ferramenta de inclusão que temos no momento e foi ele que me trouxe de novo à sociedade e me ajudou a brigar por títulos e pela vida”, disse Cláudio.

O atleta, que competia no futebol profission­al, sofreu um acidente aos 20 anos, quando seguiu para o esporte adaptado. “Essa visibilida­de não é importante somente para os atletas paralímpic­os, mas para as pessoas com deficiênci­a em geral.”

De fato, a visibilida­de foi o que trouxe muitas famílias e pessoas com deficiênci­a para acompanhar a cerimônia no Parque da Cidade. O pequeno Brian, de 6 anos, nasceu com problemas motores nas pernas. Ele viu a propaganda do evento na TV e pediu para a mãe leválo. De cadeira de rodas, ele veio do Gama, cidade a 40 km de Brasília para seguir o revezament­o.

A tocha, que ainda vai passar pelas cidades de Belém (PA), Natal (RN) e Joinville (SC), chega a São Paulo domingo, no Parque do Ibirapuera. A última parada, no Rio de Janeiro, será na terça-feira, véspera da abertura da Paralimpía­da. Mais de 700 atletas vão participar do revezament­o, entre pessoas com deficiênci­a e pessoas que apoiam o esporte paralímpic­o.

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