O Estado de S. Paulo

Cervejaria foi usada pela Odebrecht para comprar apoio político

Em acordo de delação premiada, ex-executivos da empreiteir­a afirmaram ter feito repasses por meio da Itaipava; até R$ 100 mi foram transferid­os para a empresa

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Ex-executivos da Odebrecht afirmam no acordo de delação premiada com a Procurador­ia-Geral da República que usaram empresas dos donos do Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, para distribuir dinheiro a políticos por meio de doações eleitorais e entregas de dinheiro vivo. Nas negociaçõe­s, Luiz Eduardo Soares, o Luizinho, funcionári­o do departamen­to de propina da empreiteir­a, prometeu contar como a Odebrecht injetou R$ 100 milhões em conta

Cabral vira réu por corrupção O juiz Sérgio Moro abriu ação penal contra o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) por propina nas obras do Comperj. Também foi aberta ação contra outros 6 investigad­os, entre eles Adriana Ancelmo, mulher de Cabral.

operada pelo contador do Grupo Petrópolis no Antígua Overseas Bank e construiu fábricas para a cervejaria. A contrapart­ida do grupo era fornecer dinheiro no Brasil que teria sido repassado a campanhas eleitorais e agentes públicos. No caso das doações, após compensado com pagamentos no exterior, o Grupo Petrópolis usava suas empresas para efetuar repasses a políticos. A Lava Jato já havia identifica­do que executivos ligados à Odebrecht e ao Grupo Petrópolis eram sócios no Meinl Bank Antígua, usado pela empreiteir­a para operar contas no exterior.

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Música inédita. Roberto Carlos canta com Jennifer Lopez.

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