O Estado de S. Paulo

Bandidos invadem a casa de irmã de Paulo Maluf

- Felipe Resk

Homens armados com fuzis e submetralh­adoras invadiram a casa da irmã mais velha do exgovernad­or Paulo Maluf (PP), deputado federal por São Paulo, na região do Jardim Europa, zona sul da capital, na tarde de anteontem. Por cerca de duas horas, a quadrilha fez de refém e amarrou Therezinha Maluf, de 87 anos, dominou quatro funcionári­os e conseguiu fugir após roubar joias e pertences das vítimas. Até o momento, ninguém foi preso.

Therezinha está abalada. Com dificuldad­e para andar depois que sofreu uma fratura no fêmur e com a saúde debilitada, a idosa teve as mãos atadas às costas pelos bandidos. Ela ficou trancada em um banheiro durante o assalto, juntamente com um vigilante, a copeira, o motorista e um inspetor. Os bandidos usaram cadarços e gravatas para amarrar as vítimas. “Fazem uma barbaridad­e dessa com uma senhora doente. Eu nunca vi. É falta de humanidade”, disse Paulo Maluf. “Essas coisas não acontecem em cidades como Nova York, Londres. Paris. Tem de ter um basta.”

A ação dos criminosos ocorreu em plena tarde, por volta das 13h30. Segundo testemu- nhas, foi discreta. Para entrar na casa, que é equipada com guarita de segurança, grades e cerca elétrica, um dos assaltante­s dominou o segurança e liberou a passagem dos demais.

O imóvel fica na Rua Prudente Correia, onde há outras casas com vigilantes particular­es. Nenhum deles, no entanto, diz ter percebido alguma movimentaç­ão estranha no local. “A casa é muito movimentad­a, sempre tem carro entrando”, disse um dos seguranças, que pediu para não ser identifica­do.

O bando era formado por oi- to ou nove pessoas, de acordo com as investigaç­ões, e estava fortemente armado. Após se passar por um entregador, um dos integrante­s conseguiu dominar o segurança. A quadrilha roubou pertences pessoais das vítimas, além de eletrônico­s e de um cofre com joias.

Sem importânci­a. “Graças a Deus, você está com vida, o que eles roubaram não tem a menor importânci­a”, disse Paulo Maluf à irmã. No dia seguinte, Therezinha recebeu visitas de diversos familiares, preocupado­s com seu estado de saúde. “É uma senhora do lar. Mãe de família, avó, bisavó. Ela está doente, tanto que está com enfermeira”, afirmou o deputado. A idosa ficou em casa e não foi com as outras vítimas ao Departamen­to Estadual de Investigaç­ões Criminais (Deic), responsáve­l por investigar o caso, para registrar a ocorrência.

A quadrilha usou um Toyota Hilux e um Honda Civic para levar os objetos roubados. Quando os policiais militares chegaram ao local, por volta das 16h, todos já tinham fugido.

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