O Estado de S. Paulo

Rio só vai votar ajuste fiscal no ano que vem

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O Estado do Rio terminará o ano sem aprovar o pacote de austeridad­e anunciado no início de novembro. Ontem, a Assembleia Legislativ­a do Rio (Alerj) informou que não votará as duas medidas de ajustes mais importante­s: a elevação da contribuiç­ão previdenci­ária dos servidores públicos e o adiamento do reajuste para várias categorias, principalm­ente da área de segurança. Também ontem, a Justiça do Rio suspendeu o aumento do ICMS, aprovado terça-feira, alegando problemas no processo legislativ­o. O adiamento, mais um revés para o governador Luiz Fernando

rogação por mais um ano, até 31 de dezembro do ano que vem, do uso de créditos de ICMS para modernizaç­ão, am- pliação ou construção de novas fábricas por meio do sistema paulista de parques tecnológic­os e dos programas Pró- Veículo e Pró-Informátic­a, que beneficiam, respectiva­mente, montadoras e a indústria de processame­nto eletrônico de dados.

Abatedouro­s de aves também tiveram prorrogado até 31 de dezembro de 2017 a autorizaçã­o para acessar uma linha especial de crédito para capital de giro da Desenvolve SP, agência de fomento do governo paulista, usando como garantia o crédito acumulado de ICMS. O benefício venceria no fim deste mês.

Outras indústrias beneficiad­as pela prorrogaçã­o de benefícios ficais foram: de máquinas de construção, da produção de retroescav­adeiras, pás carregadei­ras, escavadeir­as hidráulica­s e motonivela­doras. Nesse caso, a desoneraçã­o, via crédito do ICMS, vai até 30 de abril.

O governo paulista também anunciou estimulo à indústria de pneus, por meio do incentivo à reciclagem de pneus e resíduos de borracha. Aqui, o ICMS sobre resíduos usados como reforço de compostos de borracha e óleos combustíve­is fornecidos será diferido para a etapa de saída da mercadoria industrial­izada.

Os decretos com as medidas foram assinados ontem pelo governador de São Paulo, Ge- raldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirant­es, sede do Executivo paulista. Eles incluem ainda a equalizaçã­o da variação de carga tributária de quatro alíquotas incidentes nas importaçõe­s de produtos, o que, na avaliação do governo paulista, deve estimular a movimentaç­ão de cargas no porto de Santos.

Eficiência. Para evitar a formação de saldo credor do ICMS, a secretaria de Fazenda do Estado, por meio de análises de casos concretos, poderá suspender parcialmen­te o imposto no desembaraç­o de insumos ou produtos acabados.

O governo paulista defende que a medida simplifica e melhora a eficiência das operações de setores industriai­s que detêm fábricas abastecida­s por fornecedor­es paulistas, bem como empresas que operam com cadeias que combinam insumos importados, fornecimen­to local e trocas interestad­uais.

As indústrias química, de autopeças e de cosméticos são citadas entre as beneficiad­as pela ação, apresentad­a como estímulo à concentraç­ão e expansão industrial.

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