Compra de negócio da Odebrecht depende de acordo
A Brookfield aguarda a homologação dos processos de delação premiada e leniência feitos pela Odebrecht para concluir a compra da Odebrecht Ambiental, considerada estratégica para a gestora canadense começar seu processo de consolidação no setor de saneamento no País, segundo fontes a par do assunto. Em janei-
Fontes afirmam que todo mês a gestora e a petroleira sentam para conversar. Em 2016, a companhia chegou a analisar a BR Distribuidora. A petroquímica Braskem, na qual a estatal é ro passado, o fundo esteve prestes a concluir a compra dos 25% da fatia da OAS, também envolvida na Lava Jato, na Invepar, mas o negócio não foi à frente, por desentendimentos com os fundos de pensão – Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobrás). A Funcef tem participação cruzada na Odebrecht Ambiental, por meio da Odebrecht Utilities. Fontes afirmam que não há incompatibilidade entre Funcef e Brookfield. Procuradas, Odebrecht Ambiental, Funcef e Brookfield não comentaram.
sócia junto com a Odebrecht, também ainda estaria nos planos da Brookfield. Mas as restrições impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) à venda de ativos da petroleira sus- penderam as negociações. “As conversas são constantes com a Petrobrás, mas é preciso definir os pré-requisitos para novos contratos”, diz uma fonte.
Recentemente, a gestora avaliou parques eólicos da Renova (vendidos à AES) e da Queiroz Galvão, além da BR-153 da Galvão Engenharia. “Ativos de energia e concessão interessam à companhia. Depende de oportunidade e preço”, afirma a fonte.
Apesar do forte apetite, o escrutínio é rigoroso. Na compra da Odebrecht Ambiental, por exemplo, foram meses e meses de auditoria feita por executivos canadenses. O fechamento do negócio depende da homologação do acordo de leniência. Fontes a par do assunto afirmam que em 2017 a Brookfield estará ainda mais atenta para expandir os seus domínios. Procurada, a empresa não comentou.