O Estado de S. Paulo

Ex-subsecretá­rio de Cabral é preso em aeroporto

- Fausto Macedo Mateus Coutinho

A Polícia Federal prendeu ontem, no Aeroporto do Galeão, no Rio, o publicitár­io Francisco de Assis Neto, conhecido como “Kiko”. Alvo da Operação Eficiência, o publicitár­io, ex-subsecretá­rio da área de Comunica- ção do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), estava na lista vermelha da Interpol desde que a operação foi deflagrada, na semana passada.

A defesa de Assis Neto informou que ele estava de férias nos Estados Unidos com a família e retornou ao Brasil para se entregar e “esclarecer tudo o que paira com relação a ele”.

O publicitár­io é um dos inves- tigados pela Procurador­ia da República e pela Polícia Federal sob suspeita de atuar na organizaçã­o criminosa supostamen­te liderada por Cabral que teria lavado ao menos US$ 100 milhões em propinas por meio de contas no exterior. Os investigad­ores suspeitam que Assis Neto teria movimentad­o US$ 7,7 milhões do esquema atribuído ao ex-governador.

O ex-subsecretá­rio de Cabral é o último investigad­o da Operação Eficiência que teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, a ser detido.

Eike Batista. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva na operação, incluindo o do empresário Eike Batista, que também estava nos EUA e retornou ao Brasil na segunda-feira passada, quando foi detido no aeroporto.

Os procurador­es da República que integram a força-tarefa da Operação Eficiência afirmaram que o empresário é o “autor intelectua­l do ato de corrupção do então governador Sérgio Cabral”. O ex-governador também foi alvo da operação, mas já estava preso.

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