O Estado de S. Paulo

Mortes por câncer crescem 31% em 15 anos

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O número de mortes no Brasil por câncer aumentou em 31% desde 2000 e chegou a 223,4 mil pessoas por ano em 2015. As estimativa­s foram divulgadas ontem pela Organizaçã­o Mundial da Saúde, em campanha para marcar o Dia Mundial do Câncer hoje.

Os dados apontam que, no início do século, 152 mil brasileiro­s morriam por ano da doença. Ao fim de 2015, essa taxa foi a 223,4 mil. Hoje, é a segunda causa de mortes no País, atrás apenas de problemas cardiovasc­ulares.

Entre os tumores, o maior responsáve­l pelas mortes é o câncer no sistema respiratór­io, com 28,4 mil casos em 2015. O câncer de cólon foi o segundo maior responsáve­l por mortes, com 19 mil. Em terceiro lugar, vem o tumor de mama, com 18 mil mortes em 2015 no Brasil.

Mas a expansão das mortes é um fenômeno global. Há 15 anos, o total não superava a marca de 6,9 milhões de pessoas, passando para 8,1 milhões em 2010 e 8,8 milhões em 2015. Segundo a OMS, a expansão de 22% no número de mortes pelo câncer desde o início do século é uma das maiores já registrada­s pela Medicina moderna.

Hoje, uma de cada seis mortes no mundo são causadas por um câncer. Mais de 14 milhões de pessoas desenvolve­m a doença a cada ano e a projeção indica que esse número vai atingir 21 milhões em 2030. O custo da doença tem sido cada vez maior e já soma US$ 1,1 trilhão em produtivid­ade perdida e custos com seguros de saúde.

Razões. “Por muito tempo, dizia-se que era uma doença de país rico. Isso não é mais verdade e o problema é global”, diz Etienne Krug, diretor da OMS. A taxa de incidência dos tumores cresceu de modo mais rápido nos países em desenvolvi­mento, representa­ndo 65% dos casos atuais de tumores no mundo. De acordo com Krug, a expansão no número de mortes está ligada ao fato de a população estar ficando mais velha, uma mudança nos estilos de vida, sedentaris­mo, dietas pouco saudáveis e poluição.

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