O Estado de S. Paulo

Ministros rechaçam anular delação vazada

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Aindicação do ministro Gilmar Mendes de que vazamentos de informação podem compromete­r a validade das delações da Odebrecht não encontra eco em parte dos ministros do STF. Três integrante­s da Corte, ouvidos reservadam­ente pela Coluna, descartam a possibilid­ade de anular os acordos ou as investigaç­ões. “Você acha mesmo que o Supremo anularia essa delação da Odebrecht?”, perguntou um ministro do STF. “Se gerasse nulidade, os próprios acusados começariam a vazar e tudo ficaria resolvido para eles”, completou outro magistrado.

Michel Temer telefonou ontem para a presidente do BNDES, Maria Silvia. Disse que ela só sairá da equipe no último dia de seu mandato, em 2018. Criticada por empresário­s, a executiva ouviu do presidente que tem sua total confiança.

A presidênci­a da Vale expôs nova ferida entre o PMDB e o PSDB. Os dois partidos brigam para indicar o sucessor de Murilo Ferreira.

Entra no páreo Clovis Torres, diretor de RH da Vale. Disputam, ainda, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, e o secretário­executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.

Senadores costuram um acordo para aprovar o projeto de abuso de autoridade antes da análise do fim da prerrogati­va de foro. O primeiro está pronto para votação. O segundo precisa de mais três das cinco sessões regimentai­s.

Cláudio Filho respondeu ao TSE, em ordem cronológic­a, quem eram seus superiores na Odebrecht. “Pedro Novis, Marcelo Odebrecht e, desde que Marcelo teve um problema, Newton de Souza”. O ‘problema’ de Marcelo foi a prisão na Lava Jato.

O ministro Herman Benjamin quis saber da ex-secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares de quem eram os codinomes de jogadores do Fluminense. Após um advogado ser repreendid­o por escalar todo o time para ajudá-la a lembrar, Maria Lúcia provocou risos. “Eu nem vi! Eu sou Bahia!”

Renan Calheiros (AL) apresentou proposta de emenda que proíbe o governo de editar Medida Provisória para alterar contratos. Foi mais um capítulo da disputa entre Renan, líder do PMDB no Senado, e o Planalto.

Como resposta ao gesto de Renan, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), agiu rápido e apresentou proposta semelhante, mas abrindo brecha para o Executivo usar a MP em alguns casos. Renan, então, retirou a PEC. “Não quero brigar com o governo”, disse ele.

O piloto Felipe Nasr procurou Henrique Meirelles para pedir que intercedes­se junto ao BB por patrocínio. Meirelles não o recebeu. Mandou o chefe de gabinete dizer que quem cuida disso é o BB.

Meirelles mantém o suspense sobre quem o fez interrompe­r duas palestras para atender o telefone. Diz que só conta se o interlocut­or permitir.

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