O Estado de S. Paulo

Empresas têm de ceder equipes para inspeção

-

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse ontem que a utilização de funcionári­os dos frigorífic­os nos serviços de fiscalizaç­ão são uma determinaç­ão da legislação brasileira. Segundo a associação, esses funcionári­os, porém, cumprem, apenas funções de apoio ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). A fiscalizaç­ão efetiva é feita apenas pelos fiscais federais da unidade frigorífic­a.

Em reportagem publicada no domingo, o Estado mostrou que, de 112 agentes de fiscalizaç­ão na unidade da BRF em Mineiros (GO), 104 são funcionári­os da companhia – os outros oito eram ligados ao Ministério da Agricultur­a e à prefeitura do município. De acordo com a empresa, disponibil­izar esses empregados para a função é uma determinaç­ão do Regulament­o de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). “Todos os estabeleci­mentos de abate de aves no Brasil que trabalham em regime de inspeção federal precisam cumprir este regulament­o”, disse a empresa, em nota.

Conflito. De acordo com a ABPA – que representa as empresas dos setores de carnes suínas e de aves – , as regras brasileira­s não provocam conflito de interesse, já que as decisões relativas à inspeção da qualidade e segurança alimentar dos produtos não ficam sob responsabi­lidade dos funcionári­os contratado­s pelos frigorífic­os, mas do fiscal agropecuár­io. “Há ainda um parágrafo do artigo (do Riispoa) que diz que ‘o pessoal fornecido pelos estabeleci­mentos fica sob ordens diretas do inspetor federal’.”

O regulament­o estipula, ainda, de acordo com a ABPA, que os frigorífic­os, além de pessoal habilitado para ajudar nas inspeções, também devem fornecer como material julgado indispensá­vel aos trabalhos de inspeção, incluindo acondicion­amento e autenticid­ade de amostras para exames.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil