Definição sobre alta de impostos é adiada
O aumento da carga tributária, para cobrir rombo no Orçamento, enfrenta resistência de aliados e empresários
A indefinição sobre o tamanho do aumento de tributos postergou por mais um dia o anúncio do corte do Orçamento da União, previsto para esta terçafeira. O governo enfrenta resistências crescentes de aliados políticos e do setor produtivo à elevação da carga tributária e busca diminuir o impacto da medida sobre economia.
A equipe econômica já conseguiu uma receita extra de R$ 17 bilhões para reduzir o rombo de R$ 58,2 bilhões identificado no Orçamento de 2017. Com essas receitas, o governo diminuiu para R$ 41,2 bilhões a necessidade de corte nas despesas. Mas ainda pretende anunciar uma alta de tributos para diminuir o contingenciamento.
Um integrante da equipe econômica afirmou ao Estado que o aumento de tributos será feito para fechar as contas do governo deste ano, mas com menor impacto possível para a atividade econômica. “O que tiver que fazer na área de aumento de receias será feito. Não há dúvida. Agora, já”, disse a fonte, acrescentando que as resistências à alta de tributos são legítimas e normais, mas não maiores do que a Reforma da Previdência ou o teto de gasto.
Segundo a fonte, está sendo definido o volume de necessário de aumento de receitas com revisão de desonerações ou estabelecimento de isonomias tributárias (igualar a tributação em áreas cuja cobrança de impostos são diferentes).
O Estado apurou que a desoneração da folha de pagamento poderia garantir em 2017 um adicional de receita entre R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões. Mesmo que seja enviada por Medida Provisória (MP), o fim do benefício só pode ocorrer 90 dias após o ato legal. O governo tam- Déficit