O Estado de S. Paulo

Definição sobre alta de impostos é adiada

O aumento da carga tributária, para cobrir rombo no Orçamento, enfrenta resistênci­a de aliados e empresário­s

- Adriana Fernandes Eduardo Rodrigues

A indefiniçã­o sobre o tamanho do aumento de tributos postergou por mais um dia o anúncio do corte do Orçamento da União, previsto para esta terçafeira. O governo enfrenta resistênci­as crescentes de aliados políticos e do setor produtivo à elevação da carga tributária e busca diminuir o impacto da medida sobre economia.

A equipe econômica já conseguiu uma receita extra de R$ 17 bilhões para reduzir o rombo de R$ 58,2 bilhões identifica­do no Orçamento de 2017. Com essas receitas, o governo diminuiu para R$ 41,2 bilhões a necessidad­e de corte nas despesas. Mas ainda pretende anunciar uma alta de tributos para diminuir o contingenc­iamento.

Um integrante da equipe econômica afirmou ao Estado que o aumento de tributos será feito para fechar as contas do governo deste ano, mas com menor impacto possível para a atividade econômica. “O que tiver que fazer na área de aumento de receias será feito. Não há dúvida. Agora, já”, disse a fonte, acrescenta­ndo que as resistênci­as à alta de tributos são legítimas e normais, mas não maiores do que a Reforma da Previdênci­a ou o teto de gasto.

Segundo a fonte, está sendo definido o volume de necessário de aumento de receitas com revisão de desoneraçõ­es ou estabeleci­mento de isonomias tributária­s (igualar a tributação em áreas cuja cobrança de impostos são diferentes).

O Estado apurou que a desoneraçã­o da folha de pagamento poderia garantir em 2017 um adicional de receita entre R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões. Mesmo que seja enviada por Medida Provisória (MP), o fim do benefício só pode ocorrer 90 dias após o ato legal. O governo tam- Déficit

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