Palmeiras vence Peñarol de virada
No Uruguai, clube sai atrás no 1º tempo, mas consegue virada incrível e faz 3 a 2 no Peñarol. Após a partida, atletas se envolveram em grande confusão
O Palmeiras terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0 para o Peñarol, em Montevidéu. No segundo tempo, virou (3a 2) e se classificou para as oitavas de final da Libertadores. Encerrado o jogo, os times se envolveram em confusão, estendida às arquibancadas do estádio. Os uruguaios tentaram agredir Felipe Melo. O volante se afastou do conflito, foi perseguido por Mier e deu um soco no rosto do jogador do Peñarol (
Um começo horrível no primeira etapa, um final genial no segundo tempo e uma pancadaria impressionante ao final da partida. A atuação ambígua do Palmeiras contra o Peñarol, ontem, em Montevidéu, terminou com vitória de virada por 3 a 2, pela Libertadores, porque Eduardo Baptista conseguiu corrigiu as escolhas erradas na escalação. O resultado acalmou o momento ruim e deixa o time perto das oitavas de final.
Ao final da partida, o volante Felipe Melo foi perseguido por atletas do Peñarol e se protegeu desferindo socos em Matías Mier. O tumulto só terminou nos vestiários (mais informações nessa página).
O resultado fez o Palmeiras ampliar a liderança no grupo e precisar agora apenas de um empate nas duas próximas rodadas para se classificar sem depender de outros resultados. O grande resultado no Uruguai ameniza a tristeza pela eliminação no Campeonato Paulista, no sábado, e mostra o quanto time pode reagir, mesmo quando tudo começa mal.
Ao fim da partida, na entrevista coletiva, o treinador esbravejou contra reportagens publicadas na imprensa. Sem citar veículos ou o nome de jornalistas, ele reclamou de que foi publica- do uma informação que Róger Guedes ficou fora do primeiro jogo com o Peñarol por ter discutido com o técnico.
“Eu escutei de uma pessoa importante, um cara de que sou fã, que o Róger Guedes jogou contra a Ponte porque o Mattos (diretor de futebol) escalou, que eu era um treinador maleável. Eu sou um cara sério, batalhei para estar aqui e exijo respeito. Essa pessoa não falou a fonte”, disse, em tom alterado.
“Sou um cara sério. É do futebol errar e acertar. Mas vocês conhecem minha família. Tento respeitar e passar o máximo de informação. Falar que sou maleável, aí ofendeu. Não pode ser fofoca. O futebol está acima”, afirmou.
Baptista escalou o time titular pela primeira vez no ano com três zagueiros. No papel, era para se reforçar das jogadas aéreas adversárias. Na prática, foi um completo fracasso.
O intervalo com o placar de 2 a 0 contra foi justo. O Peñarol fez os gols, aos 12 e aos 39 minutos, em dois cruzamentos vindos do lado direito. Se no pri- meiro foi justificável questionar uma falta em Mina, o segundo clareou o quanto a equipe estava caótica. Os uruguaios fizeram uma linha de passe dentro de área contra uma defesa com três zagueiros.
Não por acaso, para o segundo tempo o esquema de três zagueiros foi desfeito, com duas substituições. O time se salvou,
com reação avassaladora e três gols em menos de 30 minutos.
Com Willian e Tchê Tchê em campo, o Palmeiras passou a ter saída de bola e adquiriu dinamismo no ataque. O 3 a 2 parecia um milagre, mas soou mais como um alerta para o treinador do Palmeiras não voltar a alterar tanto de uma vez só a formação.