Caixa pode comprar a fatia do BTG no Pan
Executivos da Caixa avaliam comprar a fatia do BTG Pactual no banco Panamericano caso a instituição não seja fortemente atingida pela Operação Conclave. A ação, deflagrada pelo MPF, na semana passada, investiga supostas irregularidades na compra pelo banco público de 40,35% da instituição que pertencia ao grupo Silvio Santos. Após a transação, descobriu-se um rombo de cerca de R$ 4 bilhões, cuja real situação financeira havia sido maquiada. Fontes do mercado dizem que a compra de mais ações pela Caixa seria feita com ajuda do BNDES.
» Silêncio. A assessoria da Caixa informa que “não vai se pronunciar” sobre o assunto envolvendo o Panamericano. O BNDES não se manifestou ontem.
» Vão se os anéis. Vem da família a maior pressão para que o ex-ministro Antonio Palocci faça delação premiada. Os irmãos Pedro e Adhemar Palocci são os maiores entusiastas.
» Ficam os dedos. Uma das razões para que Palocci faça delação é que ele poderia negociar quanto vai devolver aos cofres públicos. Se for condenado, a cifra é determinada pela Justiça.
» Pressão. Uma das razões determinantes para a PF pedir o adiamento do encontro de Lula com Sérgio Moro é a informação da CUT de que vai levar 700 ônibus para Curitiba. O que dá 35 mil pessoas, maior do que o efetivo da PF.
» Explodiu. Insatisfeita pela decisão da Executiva Nacional do PSB de fechar questão contra as reformas, a líder da Câmara, Tereza Cristina (MS), já estuda deixar o comando da bancada.
» Dissidências. A ala governista do PSB já soma, pelo menos, metade dos 35 deputados e 5 dos 7 senadores.
» #chateado. Ao convocar ministros para votar a reforma trabalhista, o governo acabou afastando até deputados favoráveis à proposta, como Guilherme Coelho (PSDB-PE). “Eu acredito que esta reforma vai gerar milhares de empregos”, diz o tucano.
» Sem imediatismo. Se aprovadas na Câmara e Senado, as mudanças nas leis trabalhistas vão ter quarentena de 120 dias após a sanção do presidente Michel Temer.
» Fator de risco. No Planalto, uma preocupação com a greve geral, sexta, é a participação de grupos de fora do campo da oposição. O risco é que isso seja visto como insatisfação generalizada contra o governo.
» Marotos. Para não correrem o risco de terem o seu ponto cortado, servidores do Congresso planejam participar da greve justificando ausência com atestados.
» Divididos. Um grupo de insatisfeitos no PMDB promete impedir fechamento de questão a favor da reforma da Previdência. » Bate pronto. Num recente encontro entre um advogado e o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, travou-se o seguinte diálogo: “Ministro, vou tratar de um assunto rápido e simples”... Fachin fez que se levantou e brincou: “Então o senhor está no tribunal errado. Aqui não há nada rápido e nada simples”.
» Deu bobeira. Um ministro do STF aposta que José Dirceu seria solto na sessão de terça, se seus advogados estivessem na audiência. Na Corte, ninguém entendeu a ausência da defesa.
COM NAIRA TRINDADE E GUSTAVO ZUCCHI. COLABORARAM ISADORA PERON E RAFAEL MORAES MOURA