JOIAS DE CABRAL E ADRIANA
Operação cumpre mandado no apartamento de irmã de Adriana Ancelmo e apreende 15 peças
APolícia Federal apreendeu pelo menos 15 joias que pertenceriam a Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sergio Cabral.
Pelo menos 15 joias que pertenceriam à mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo, foram apreendidas pela Polícia Federal no apartamento de Nusia Ancelmo Mansur, irmã da ex-primeira-dama, na manhã de ontem.
A PF cumpriu mandados em uma operação que buscava joias de Adriana e Cabral. Foram duas ordens judiciais em Ipanema, na zona sul do Rio, onde mora a cunhada do ex-governador, e no Jardim Botânico, em um endereço de Gilda Maria de Souza Vieira da Silva, ex-governanta de Adriana.
Algumas das joias apreendidas no apartamento de Nusia pertenceriam a uma filha dela e teriam sido dadas por Adriana.
Nusia trabalhou no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCERJ) Aloysio Neves Guedes por quase sete anos, entre 2010 e dezembro do ano passado, quando pediu exoneração. Atualmente em prisão domiciliar, o conselheiro é um dos cinco que, em março, foram presos na Operação O Quinto do Ouro, da PF. Ele está afastado de suas funções.
Denúncia. Cabral e Adriana são réus em ação penal por lavagem de dinheiro na compra de joias com valores em espécie, sem nota fiscal ou certificação nominal.
Segundo a denúncia, o casal adquiriu 189 joias e pedras preciosas ao custo de R$ 11 milhões. Uma delas custou R$ 1,8 milhão. Do total de joias, contudo, apenas 40 peças haviam sido encontradas antes da ação de ontem.
“O dinheiro sujo era oriundo de propinas pagas por empreiteiras entre os anos de 2007 e 2014, em contratos para obras do metrô, reforma do Maracanã, PAC das Favelas e do Arco Metropolitano. O cometimento de crime de lavagem de dinheiro com a compra de joias já foi objeto de duas outras denúncias oferecidas em decorrência das denominadas Operações Calicute e Eficiência”, afirmou a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio. “Para ocultar e dissimular a origem, natureza, localização, movimentação e disposição dos valores, Cabral e Adriana Ancelmo compravam as joias.”
Ao todo, o ex-governador do Rio é réu em 11 ações penais relativas à Lava Jato. Na semana passada, ele foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, em uma das ações, a 14 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. /