O Estado de S. Paulo

Áreas de ‘necessidad­es’ surgem como alternativ­a

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O último setor a sentir os impactos da recessão, a área de serviços também deve ser, na opinião dos economista­s, a última a se recuperar. Segundo especialis­tas, contudo, o segredo para investir no ramo é optar pelas áreas relacionad­as às necessidad­es ou às paixões da clientela.

Um exemplo é o mercado de animais de estimação, que atualmente atrai um bom número de redes franqueado­ras. As empresas para pets não sofreram grandes retrações nos últimos anos no País. De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2016, o setor faturou R$ 19 bilhões no Brasil – cresciment­o de 5,7% em relação a 2015. Porém, esse número foi o menor registrado pelo segmento nos últimos seis anos. “A perspectiv­a é boa, existe uma curiosidad­e muito grande (dos investidor­es) e uma hora essa crise vai acabar”, diz Monique Rodrigues, dona da Clinicão, rede de clínicas veterinári­as.

Enquanto Monique acredita no interesse dos clientes em gastar com seus pets, o empresário Raniery Queiroz enxerga oportunida­des no endividame­nto dos consumidor­es. Segundo dados de maio da Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 57,6% das famílias brasileira­s estão endividada­s. E Queiroz abriu, há 4 anos, as franquias da MT Cred, empresa especializ­ada em crédito consignado. Segundo ele, a possibilid­ade de abrir uma franquia de home office é o grande atrativo da empresa. “No ano passado, faturamos R$ 18 milhões e, para 2017, projetamos cerca de R$ 28 milhões”, diz o empresário.

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