Turismo muda para ganhar fôlego novo
Setor cresce 31% só no 1º trimestre; redes se adaptam ao dólar e investem em viagens de nicho
Na base da adaptação, o segmento de hotelaria e turismo vai driblando a recessão. As empresas da área foram as que mais cresceram no primeiro trimestre do ano, segundo dados da ABF. Com uma expansão de 31% ante o mesmo período de 2016, o setor faturou R$ 2,58 bilhões.
Esse avanço em meio à desaceleração econômica se deve às características da área, como o investimento pessoal, no caso de intercâmbios, e na capacidade de se adaptar às oscilações do dólar. Se a cotação da moeda está baixa, as viagens para fora do País ficam mais atrativas. Se o câmbio sobe, o foco volta-se para o mercado doméstico.
“A gente rapidamente vai mudando os produtos para adaptar o sonho do consumidor com o bolso dele. Se está frio colocamos aquecedor na vitrine, se está quente, ventilador”, diz Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC.
A empresa adquiriu recentemente a Experimento, agência especializada em intercâmbio. A compra do novo ativo está dentro de um cenário de especialização no setor, avalia Luis Henrique Stockler, sócio presidente da consultoria ba}Stockler. “Segmentos de viagens especializadas, como de inverno, de aventura, são as que têm uma perspectiva melhor porque não foram exploradas”, diz.
Nesse cenário, a CI criou, em 2012, a Amaze, especializada em viagens de formatura, e em 2016, e Amaze Sports, focada em intercâmbio esportivo. “Acabamos de lançar a franquia para a Amaze que dá acesso aos dois modelos de viagem ao franqueado”, afirma Celso Garcia, sócio-diretor da CI, que espera bater a meta de crescimento de 25% no grupo até o final do ano.
Se está frio colocamos aquecedor, se está quente, ventilador. A gente se adapta” Luiz Eduardo Falco, Presidente do Grupo CVC