2 PERGUNTAS PARA...
1.
O senhor esteve no STF em uma época em que o tribunal via a prisão preventiva como excepcional. Quais as consequências da proliferação das prisões para a Justiça criminal? Se são de acordo com a lei, elas devem ser feitas. O que seguramente implicou o aumento dessas prisões foi a delação premiada, que se transformou em um instituto muito positivo ao permitir a eficiência da atuação policial. Lógico que, se houver excesso, ele deve ser coibido. O aumento não decorreu de exceção de atuação, mas de excesso de conhecimento de fatos. 2.
O senhor crê que algum ajuste deve ser feito nesse instrumento? Eu acho que ele está adequado à realidade. O fato é que a realidade hoje espanta. Cada dia espanta mais.
Tecnologia. Por trás do aumento das operações e das prisões, criminalistas, policiais e procuradores apontaram ainda razões tecnológicas, como a criação de bancos de dados sobre desvios de verbas públicas e laboratórios de combate à lavagem de dinheiro. Chamada Atlas, a nova ferramenta de cruzamento de informações da PF tem 56 bases de dados que armazenam 1,5 bilhão de registros sobre corrupção no País.
A colaboração com os órgãos de fiscalização, como a Controladoria-Geral da União (CGU), também contribuiu para o aumento de operações.